Foro de São Paulo critica Estados Unidos, mas cobra ingresso para evento em dólar

Partidos políticos e movimentos sociais de esquerda que integram o Foro de São Paulo irão se reunir no fim deste mês em Brasília, no Distrito Federal, para mais uma edição do evento. Ao todo, representantes de 27 países da América Latina deverão vir à capital federal. O território brasileiro foi o escolhido para sediar o 26º encontro do grupo após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, em outubro do ano passado. Neste ano, o tema será a “integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha”. Entre os participantes, destacam-se o Partido Comunista de Cuba, a Frente Sandinista de Libertação Nacional e o Partido Socialista Unido da Venezuela – partidos que apoiam as ditaduras da região. De maneira oficial, o encontro dos partidos de esquerda ocorre com o objetivo de integrar os países e discutir diretrizes políticas para a região contra o “neoliberalismo” norte-americano. Mesmo com posicionamento contrário aos Estados Unidos, os organizadores cobram uma taxa de inscrição de US$ 250 para cada partido e US$ 50 por participante de maneira individual. Criado em 1990, o encontro deste ano irá discutir a aliança do Mercosul, a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).