‘Gabinete da Fiscalização’ coloca Defesa e Alckmin na mira do PL; Deltan vai acompanhar Dino

A definição dos parlamentares e partidos que vão compor o chamado “Gabinete de Fiscalização Especializada coloca o Ministério da Defesa e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), na mira do Partido Liberal, principal partido de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação é da repórter Iasmin Costa, da Jovem Pan News. Segundo lista que a reportagem teve acesso, a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá oito membros fiscalizadores, que serão responsáveis por acompanhar as ações de nove pastas. São elas: Ciência e Tecnologia, Defesa, Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Esporte, Mulher, Pesca e Porto e Aeroportos, Previdência e a Advocacia-Geral da União. Outros sete partidos também vão compor o gabinete de fiscalização: União Brasil (5 ministérios), Novo (4), Podemos (3), Cidadania (3), Progressistas (2), Patriota (1) e Republicanos (1).

Outro destaque na relação dos parlamentares é a escolha do ex-procurador e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) para fiscalizar a atuação do ministro Flávio Dino (PSB-MA) à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Já o ministro da Fazenda, o petista Fernando Haddad, será acompanhado pelo deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), enquanto a pasta da Defesa por Luiz Phelippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e a Saúde pelas deputadas Adriana Ventura (Novo-SP) e Rosângela Moro (União-SP). O ministro Renan Filho terá sua atuação fiscalizada pelo ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), assim como o senador e ex-ministro Marcos Pontos (PL-SP) vai acompanhar o Ministério de Ciência e Tecnologia.

Como a Jovem Pan mostrou, os parlamentares de oposição se inspiraram em iniciativas adotadas no Reino Unido, Canadá e na Austrália ao criarem o Gabinete de Fiscalização. A proposta é acompanhar as atividades e avaliar as políticas públicas e gastos dos ministérios, das agências reguladoras e de empresas públicas durante o governo Lula 3. Pelo menos 26 parlamentares, tanto deputados federais quanto senadores, farão parte do grupo. Os congressistas vão atuar de forma voluntária e os congressistas poderão convocar audiências públicas e entrevistas coletivas. A expectativa é que o grupo apresente, quando couber, sugestões para aperfeiçoamento de questões ou ainda políticas públicas alternativas.