Google anuncia apoio a cidades brasileiras em ações de combate à crise climática

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O Google apresentou nessa quarta-feira (22/11) em São Paulo, durante seu evento “Sustentabilidade com o Google – Cidades”, uma série de iniciativas e tecnologias para ajudar autoridades brasileiras, organizações e pessoas a tomarem melhores decisões sobre sustentabilidade.

Posicionando-se como empresa AI-first desde 2016, o Google aposta na Inteligência Artificial (IA) para contribuir no combate às mudanças climáticas. Um estudo encomendado pela empresa e realizado pelo Boston Consulting Group (BCG) revelou que a IA pode ajudar a mitigar de 5 a 10% das emissões globais de gases com efeito de estufa até 2030 — o equivalente ao total de emissões anuais da União Europeia.

Durante o evento, o Google detalhou o projeto Green Light, iniciativa do Google Research, que utiliza IA para fazer recomendações de melhoria no fluxo do trânsito a partir da otimização dos semáforos existentes nas cidades. A ideia é que, ao coordenar vários cruzamentos adjacentes para criar ondas de sinais verdes, as cidades possam melhorar o fluxo dos veículos e reduzir ainda mais as emissões de CO2.

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A cidade do Rio de Janeiro é a primeira a participar da iniciativa na América Latina, em uma parceria com a CET-Rio. Campinas (SP) será a próxima e deve iniciar os trabalhos em 2024, em parceria com a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).

Segundo o Google, números iniciais do Green Light indicam que, nas cidades onde a iniciativa está ativa, há um potencial de reduzir as paradas dos veículos em 30% e as emissões nos cruzamentos em mais de 10%. Isso pode ajudar as pessoas a economizar combustível e reduzir as emissões em até 30 milhões de viagens de carro por mês.

O Google também anunciou nesta quarta-feira uma parceria com o Centro de Operações do Rio, o COR-Rio, para identificar e medir as fontes de emissões de gases poluentes no Rio de Janeiro. Como parte da parceria, o COR-Rio passará a usar dados do Environmental Insights Explorer (EIE) que combina IA e imagens aéreas para oferecer análises e identificar oportunidades de redução de gases de efeito estufa e poluição nas cidades. A ferramenta é gratuita.

O EIE mostra oportunidades na redução das emissões, implementação de fontes de energia renováveis e mais limpas, melhoria na infraestrutura por meio do incentivo ao uso de outros meios de transporte mais sustentáveis e sobre construções com maior eficiência energética.

“Quando combinamos informações de qualidade com o poder da IA, podemos transformar a forma como tomamos decisões sobre sustentabilidade”, diz Ivan Patriota, líder de parcerias para Google Maps na América Latina. “Com o EIE, queremos ajudar cidades como o Rio de Janeiro a elaborar planos climáticos e estratégias baseadas em insights sobre como a cidade emite CO2.”

Outro avanço em IA foi desenvolvido em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM). O Alerta de Previsão de Inundações ajuda comunidades e pessoas a agir em momentos ambientais críticos. Até novembro de 2023, o recurso permitiu o envio de mais de 2 milhões de notificações de celular com previsão de enchentes ribeirinhas e mais de 250 alertas foram disponibilizados na Busca e no Google Maps, que, segundo o Google, impactou mais de 9 milhões de pessoas no Brasil. Até o final deste ano, o Google irá expandir a previsão de enchentes ribeirinhas para mais 40 localidades (38 novas cidades ).

O que os brasileiros pensam sobre o ESG

Durante o evento, o Google também revelou uma nova edição de sua pesquisa, encomendada à MindMiners, sobre a percepção dos brasileiros sobre ESG. A pesquisa faz parte da plataforma Impact ESG!, desenvolvida pelo Google para auxiliar as empresas a identificar quais os projetos e iniciativas concretas que já possuem e oportunidades para melhorar sua percepção de marca sobre o tema.

A pesquisa revela que o número de brasileiros que conhecem a pauta ESG cresceu no último ano. Os dados mostram que uma em cada quatro pessoas (27%) no país já ouviu falar da sigla. Além disso, mais de quatro em cada cinco (83%) entrevistados valorizam empresas e marcas ligadas à agenda ESG, considerando importante que elas atuem para minimizar seus impactos negativos no meio ambiente e para construir um mundo mais justo e responsável para a sociedade.

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