Governo busca avançar na criação de marketplace para compras públicas
Oficina promovida pelo governo federal nesta quinta-feira, 28, apresentou a representantes do terceiro setor as potenciais oportunidades a serem geradas a partir da criação de um marketplace digital para compras públicas no Brasil. A proposta está sendo construída pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Advocacia-Geral da União (AGU).
O tema foi debatido durante o XXIX Congresso do Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD), em Brasília. Na ocasião, o chefe de gabinete da Secretaria-Geral de Consultoria da AGU, Lara Aued, sinalizou que o órgão analisa os meios de implementação. “Já começamos a estruturar uma modelagem jurídica e a conversar sobre fazermos uma revisão legislativa ou não”, afirmou, em nota do órgão.
De acordo com o MGI, a ideia é criar um ambiente com interface intuitiva, onde fornecedores possam cadastrar bens e serviços que ofertam, com registro simplificado. “Para as instituições públicas, o marketplace promete simplificar e agilizar os processos de compra, otimizando tempo e recursos. Já para os fornecedores, ampliará o acesso às contratações governamentais, reduzindo burocracias e custos operacionais”, resume.
Também presente no encontro, o diretor de Normas e Sistemas de Logística da Secretaria de Gestão e Inovação (Delog/Seges), Everton Santos, destacou que o modelo permitirá maior inclusão de microempreendedores individuais, pequenas e médias empresas, além de ampliar o acesso ao mercado público para fornecedores de todo o país.
“Queremos construir uma nova visão, que privilegie o fomento da economia regional e local. A ideia do marketplace no governo federal vem com essa diretriz, de desconcentrar o mercado”, disse Santos.
A iniciativa está em fase inicial, ainda sem previsão de lançamento. O governo está levando em conta cases internacionais para avaliar o melhor modelo a ser aplicado no Brasil. O evento realizado nesta quinta-feira citou exemplos de marketplaces digitais para compras públicas no Chile e no Uruguai, países que utilizam a plataforma para fomentar políticas públicas como a contratação de empresas lideradas por mulheres e facilitar a identificação de outros filtros entre os fornecedores.
Com informações do MGI*
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