Governo central registra déficit de R$ 39 bilhões em novembro

O Tesouro Nacional divulgou nesta quarta-feira, 27, que o governo central registrou um déficit primário de R$ 39,389 bilhões em novembro, o segundo maior valor para o mês desde o início da série histórica em 1997. O resultado só fica atrás do déficit de R$ 54,415 bilhões registrado em novembro de 2016. No acumulado de 12 meses até novembro, o déficit foi de R$ 109,7 bilhões, equivalente a 1,05% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, excluindo despesas com a dívida pública. O déficit de novembro foi composto por déficits de R$ 19,630 bilhões do Tesouro, de R$ 19,593 bilhões da Previdência Social e de R$ 167 milhões do BC. Já no acumulado de 2023, o governo central registrou um déficit de R$ 114,631 bilhões, devido a um superávit de R$ 173,001 bilhões do Tesouro, um déficit de R$ 287,063 bilhões da Previdência e um déficit de R$ 569 milhões do BC.

A meta de resultado primário para este ano é um déficit de até R$ 231,5 bilhões, porém, os Ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento projetam um resultado negativo de R$ 203,4 bilhões, considerando a metodologia de cálculo do BC. A receita líquida do governo central teve um aumento real de 4,2% em novembro, totalizando R$ 136,925 bilhões, enquanto as despesas totais aumentaram 20% na mesma comparação, chegando a R$ 176,314 bilhões. No acumulado do ano, a receita líquida foi de R$ 1,735 trilhão, uma queda de 2,8%, enquanto as despesas totais somaram R$ 1,849 trilhão, um crescimento de 6,9%. Os investimentos do governo federal em novembro foram de R$ 6,839 bilhões, um aumento real de 140,8% em relação ao mesmo mês de 2022. Já no acumulado de 2023, os investimentos corresponderam a R$ 57,992 bilhões, um aumento real de 60,7% em relação ao ano anterior. Em novembro, o governo federal recebeu R$ 3,278 bilhões em dividendos de empresas estatais, enquanto no mesmo mês de 2022 o valor foi de R$ 1,207 bilhão. No acumulado de 2023, o governo obteve R$ 45,647 bilhões em dividendos e participações, contra R$ 84,428 bilhões no mesmo período do ano anterior.