Governo e Congresso terão ‘semana dura’ com cinco MPs próximas ao vencimento

Na próxima semana, Congresso Nacional – composto por Câmara dos Deputados e Senado Federal – irá concentrar esforços para aprovar uma série de Medidas Provisórias (MPs) antes que as mesmas percam a validade. Pelo menos sete MPs editadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem caducar no dia 1º de junho. A única medida de Lula com esse prazo e que está mais encaminhada é a que trata da reorganização dos ministérios. O relatório que trata sobre o tema deve ser votado na Câmara na próxima terça-feira, 30, com encaminhamento para o Senado. O deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), relator da MP dos Ministérios, incluiu no parecer uma autorização para que o governo federal possa extinguir a Fundação Nacional de Saúde. Trata-se de uma estratégia, pois existe uma MP que trata do tema, mas ainda não encontra-se em tramitação. A MP do Coaf também está na fila com prazo de validade próximo de vencer. Se a medida caducar, o Coaf deve sair do Ministério da Fazenda e voltar para o guarda chuva do Banco Central.

As Medidas Provisórias tem força de lei e começam a produzir efeitos assim que são publicadas, mas para permanecerem, os textos precisam passar pela aprovação do Legislativo. O Congresso Nacional tem, pelo menos, 21 MPs. Todas editadas pelo presidente da República esperando para serem analisadas. Duas medidas provisórias devem ter soluções alternativas para não perderam a eficácia: a MP do adicional do Auxilio Gás, que deve virar emenda na MP do Bolsa Família; e a MP do Carf, que propõe a retomada do voto de qualidade dos processos administrativos. Na última sexta-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prorrogou a vigência de três Medidas Provisórias que venceriam no final de julho e começo de agosto.

*Com informações da repórter Iasmin Costa