Greta Thunberg se declara inocente em julgamento de crimes contra a ordem pública

A ativista Greta Thunberg se declarou inocente nesta quarta-feira, 15, das acusações crimes contra a ordem pública. Ela foi julgada em Londres por uma manifestação climática que interrompeu uma conferência organizada em outubro pela indústria dos combustíveis na capital britânica. Vinte e seis pessoas, incluindo Thunberg, que foram detidas na manifestação de 17 de outubro na capital britânica, estão sendo processadas. A ativista falou apenas para confirmar sua identidade e se declarar inocente, assim como os outros quatro acusados que compareceram à audiência nesta quarta-feira. O grupo foi liberado em seguida e deve aguardar um julgamento de dois dias em Londres, que começará em 1º de fevereiro.

Em sua chegada à Westminster Magistrates Court, a ativista de 20 anos, que virou símbolo mundial da luta pela defesa do meio ambiente, parecia tranquila, ao lado dos demais acusados. Thunberg e os colegas foram acusados de perturbação da ordem pública, após o protesto diante do Energy Intelligence Forum, uma conferência que reuniu as principais empresas de petróleo e gás em um hotel de luxo da capital britânica. Thunberg e os outros réus ecologistas foram recebidos por militantes do Greenpeace e da Fossil Free London, organizações que convocaram a manifestação do mês passado. Eles exibiam cartazes com a frase “Faça os poluidores pagarem”. No dia 18 de outubro, os manifestantes criticaram o projeto do governo britânico para a reserva de petróleo de Rosebank, no Mar do Norte.

O governo do Reino Unido anunciou recentemente a concessão de um grande número de novas licenças de exploração de petróleo e gás, para que o país tenha independência energética. O tema virou uma das prioridades do Executivo do primeiro-ministro conservador, Rishi Sunak. Essa e outras medidas provocaram a indignação das organizações ambientalistas, que apresentaram vários recursos legais e intensificaram suas ações.O governo conservador britânico adotou uma legislação mais severa para impedir as ações dos ambientalistas.

*Com informações da AFP