Grupo Softplan compra Refera e planeja mais aquisições em 2023

Eduardo Smith, CEO da Softplan

O Grupo Softplan anunciou essa semana a nona aquisição de sua história e a segunda de 2023: a da empresa catarinense Refera, cuja plataforma promete conectar prestadores de serviços de manutenção residencial com inquilinos e proprietários de imóveis alugados. O valor do negócio não foi divulgado.

A solução da Refere promete aos clientes jornada de manutenção de imóveis. Com a compra, a expectativa para 2023 do Softplan é crescer 35% – impulsionado por essa e novas aquisições vindouras, que não são descartadas. O objetivo da nova compra é aumentar o número de soluções customizadas oferecidas pela companhia e aumentar a cobertura da cadeia da construção.

“Essa vertical de negócio da Softplan nos traz uma grande oportunidade de sinergia: além de trabalharmos com 46 imobiliárias, atuamos com as 19 principais do país. O nosso objetivo com esse negócio é ampliarmos a capacidade de nossa solução no mercado e buscar um olhar estratégico para outros canais e para outras etapas da cadeia da Indústria da Construção”, diz o CEO da empresa, Lucas Madalosso.

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Fundada em 2020 em Florianópolis (SC), a Refera registrou no ano passado faturamento de R$ 6 milhões, com projeção de faturamento de R$ 11 milhões em 2023. A plataforma tem clientes em 11 estados e 75 cidades, executando em média 3.500 serviços por mês, com 100 colaboradores diretos e 3.000 mil prestadores de serviços cadastrados.

Softplan investe R$ 300 milhões em aquisições

Desde 2022, o Softplan realizou seis aquisições, tendo investido mais de R$ 300 milhões. A empresa tem hoje mais de 12 mil clientes, sendo 6 mil somente na área da construção civil, além de uma equipe com mais de 2.700 colaboradores e faturamento de R$ 586 milhões em 2022, com crescimento de 37%.

Em 2023, registrou no primeiro trimestre faturamento de R$ 156 milhões, alta de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Nossa estratégia se baseia em uma esteira digital que permite a integração de uma cadeia construtiva que é historicamente fragmentada e muito extensa. Até o comprador entrar no imóvel, o processo pode levar três anos”, diz Ionan Fernandes, diretor executivo da Softplan para a indústria da construção.

Segundo o CEO do Grupo Softplan, Eduardo Smith, o movimento de crescimento vai continuar, com a companhia focando em empresas com modelo de negócio SaaS verticais, principalmente nas áreas de construção civil e jurídico privado.

“Devemos ultrapassar os R$ 760 milhões em faturamento neste ano e continuar crescendo na faixa de 35% ao ano nos próximos anos. Continuaremos investindo independente das dificuldades do mercado em geral, pois o nosso crescimento vem do aumento de adoção e penetração da tecnologia para melhoria de produtividade dos nossos clientes”, diz Smith.

Na área MultiSaaS, a companhia viu faturamento crescer 44% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a R$ 77 milhões.

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