Hamas liberta 10 reféns israelense e dois estrangeiros após prorrogação de cessar-fogo

O Hamas libertou nesta terça-feira, 28, 10 mulheres israelenses que eram feitas de reféns e dois estrangeiros de nacionalidade tailandesa, segundo o Exército de Israel. As pessoas foram entregues a Cruz Vermelha perto da fronteira com o Egito, e depois seguiram para Israel, onde já se encontram, segundo o Exército. Agora, eles receberão atendimento médico e se encontrarão com seus familiares. Em troca, 30 prisioneiros palestinos vão ser libertados das prisões em território israelense, sendo, segundo um oficial palestino, 15 mulheres e 15 homens. Espera-se que Ahed Tamimi, uma jovem que virou símbolo da causa palestina, seja uma das pessoas que estão na lista. Entre as israelenses resgatadas estão: Ditza Heiman, 84 anos; Tamar (Tami) Metzger, 78; Ada Sagi, 75 anos; Noralin Babadila Agojo, 60 anos; Rimon Kirsht Buchshtav, 36; Mia Leimberg, 17 anos, Gabriela Leimberg, 59 anos, Clara Marman, 62 anos; Ofelia Roitman, 77 anos; e Meirav Tal, 54. Essa nova leva de libertação faz parte da prorrogação do acordo entre Israel e Hamas que deve durar até quinta-feira, 30, às 7h (2h horário de Brasília). Israelenses e o grupo islâmico iniciaram no dia 24 de novembro um cessar-fogo que previa a libertação de 50 reféns em troca de 150 prisioneiros palestinos.

Na segunda-feira, 27, a primeira etapa do acordo foi finalizada e, além dos sequestrados envolvidos na negociação, também foram libertados outras 19 pessoas, porém, que acordos paralelos. Apesar de ter duração de 48 horas, a trégua que entrou em seu quinto fiz nesta terça pode se estender mais uma vez. Contudo, é necessário que o Hamas liberte 10 reféns por dia para que o cessar-fogo seja mantido. Estados Unidos, Catar e Egito, que tem negociação a pausa das ofensivas, lutam para poder estender o prazo. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, viajará no fim de semana para Israel e Cisjordânia ocupada para reuniões com Benjamin Netanyahu e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. Apesar da pressão da sociedade civil para conseguir o retorno de mais reféns, tanto o Exército como o governo de Israel reiteraram nos últimos dias que pretendem retomar os combates para “eliminar” o Hamas. O governo de Netanyahu solicitou ao Parlamento um orçamento “de guerra” de 30,3 bilhões de shekels (8 bilhões de dólares, 39 bilhões de reais). A guerra no Oriente Médio já deixou 1.200 pessoas morta em Israel, entre eles estão mais de 300 militares ou integrantes das forças de segurança, e 14.854 mortos em Gaza, sendo 6.150 menores de idade, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

 

*Com agências internacionais