Harness amplia presença no Brasil após investimentos de mais de US$ 400 mi

Luis Redda, gerente de Engenharia de Vendas da Harness

Com uma chegada tímida no Brasil, em 2020 e lançamento oficial esse ano, a Harness foi criada no Vale do Silício em 2017 e já levantou US$ 425 milhões em investimentos e está avaliada em aproximadamente US$ 3,7 bilhões. A plataforma oferece uma jornada completa para DevOps em Software Delivery, oferecendo a infraestrutura capaz de conectar e unificar o processo de entrega de software de ponta a ponta.

Em entrevista ao IT Forum, Luis Redda, gerente de Engenharia de Vendas da companhia, conta que ele foi o primeiro funcionário da empresa na América Latina e, a partir daí, começaram a ter boa tração com clientes, principalmente no ramo financeiro. Atualmente, a companhia atende clientes como o C6 Bank, Banco Inter, Localiza, Serasa, entre outros.

“No ano passado, fizemos um investimento maior, trazendo outras áreas para a América Latina, como Engenharia, Suporte, Marketing, entre outros. Ou seja, montamos uma operação completa para a região”, explica o executivo.

Leia mais: Solidworks cresce com nuvem na América Latina e planeja infraestrutura local

A maior parte desse time, diz Redda, fica no Brasil. A Harness, inclusive, contratou um time de desenvolvimento de produtos no país. Esse time de desenvolvimento é chamado de Special Projects Group, focado em demandas mais inovadoras ou urgentes para clientes.

“O pessoal gostou bastante do perfil brasileiro, de sempre querer fazer mais, de ser curioso e bastante comunicativo, o que fez com que investíssemos em um centro de P&G no Brasil”, comemora.

Os alvos da Harness

De acordo com Redda, finanças é a vertical carro-chefe da empresa – apesar do objetivo não ser atingir apenas esses clientes. “A Harness tem foco em quatro pilares: aumentar velocidade, qualidade, eficiência e governança. E esse é o ramo do mercado que mais busca esses principais resultados, por isso temos maior tração.”

Entretanto, qualquer empresa com desenvolvimento interno ou que use alguma nuvem pública é um potencial cliente. Além disso, não são apenas grandes empresas que podem contratar os serviços da Harness, mas PMEs também. “Estamos buscando bastante penetração em varejo, principalmente em e-commerce, porque é algo que tem demandado eficiência muito maior”, revela Redda.

Os principais desafios dos clientes, diz o executivo, é ter mais velocidade na entrega de novas funcionalidades. “Ter mais agilidade, mas sem abrir mão de custos e eficiência é que vemos normalmente como desafio.”

A Inteligência Artificial generativa, claro, não ficou de fora dos planos. O executivo diz que o foco é tirar a parte “chata” do trabalho das pessoas. Quando algo falha no processo de entrega, ao invés do desenvolvedor precisar analisar o erro e pesquisar a solução, as soluções da Harness automaticamente orienta passo a passo do que ele precisa fazer.

“Isso já reduz a carga cognitiva, ele não precisa gastar tempo com algo que não é importante, ele somente corrige, aplica a solução e vai adiante. Isso ajuda não só o desenvolvedor a ter menos retrabalho, assim como ajuda a ter uma entrega mais rápida”, comenta ele.

Para ele, o próximo ano terá a consolidação da área de IA. “Esse ano, eu vi muitas empresas aprendendo sobre o tema e vendo as aplicabilidades. Ano que vem isso estará muito mais estabilizado e as empresas terão mais claros os benefícios da IA”, finaliza.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!