História – Invasões bárbaras e Império Carolíngio
INVASÕES BÁBARAS
Os povos germânicos contribuíram muito para o fim do império Romano do Ocidente. entre estes povos estavam: Francos, Lombardos, Visigodos, Ostrogodos, Anglos, Saxões,Vândalos, Suevos e Burgúndios.
Estes povos eram chamados bárbaros, porque tinham costumes sociais, políticos e econômicos diferentes dos de Roma. Além de usarem idiomas diferentes do grego e do romano.
Os germânicos entraram no território por duas formas:
» migrações: eram incentivados pelos romanos que visavam os jovens germânicos para reforço no exército no controle das fronteiras.
» Invasões: feitas de maneira violenta, com intenção de expulsar os romanos e tomar suas terras.
As migrações foram durante os séculos III – IV. As invasões já foram mais adiante , a partir do século V.
Um dos fatores que impulsionaram as invasões germânicas foi a chegada dos hunos ( mongóis) à Europa. Estes vindo da Ásia , começaram a invadir vários territórios germânicos, obrigando-os a entrar no domínio Romano.
Os hunos aniquilaram os Ostrogodos em 375. e logo em seguida os Visigodos. Para fugir deles o chefe dos visigodos pediu permissão ao imperador romano para entrar no seu território. Esta permissão foi concedida e para arrependimento do imperador romano, os germânicos entraram e saquearam e destruíram muitas das cidades e aldeias romanas.
A maioria dos reinos bárbaros tiveram vida curta. Somente os Francos conseguiram se organizar, estruturar e expandir seus domínios.
REINO FRANCO
Os francos já faziam incursões desde o século II, no território da Gália, que era do império romano. A diferença deles para os outros povos bárbaros foi justamente a sólida estrutura política que ajudou na expansão.
Algumas dinastias se destacaram. A primeira foi a Merovíngia. Foi nesta que começou a expansão do império Franco. Anexando vários territórios vizinhos. Seu rei Clóvis(482-511), converteu-se para o cristianismo e promoveu uma aliança com a igreja.
Isso favoreceu ambas as partes. Pois de um lado o Papa fortaleceu o poder do rei e por outro o Papa teve o apoio político e militar contra os imperadores bizantinos.
Clóvis, era neto de Meroveu ( primeiro líder dos francos). Depois da morte de Clóvis, seus quatro filhos dividiram o reino , enfraquecendo-o politicamente. A reunificação só ocorreu no reinado de Dagoberto( 629-639).
Mas seus sucessores, não foram muito exemplares como governantes. Não estavam tão preocupados com a administração do reino, levavam uma vida desregrada, em prazeres e divertimento, por isso passaram a ser conhecido por reis indolentes.
Na prática quem governava o reino era um alto funcionário da corte, o prefeito do palácio ou mordomo do paço . este sim desempenhava o papel de verdadeiro rei.
O mais famoso deles foi Carlos Martel (714-741), que conseguiu deter a invasão muçulmana na Europa, vencendo-os em Poiters, em 732.
Após sua morte, seus poderes políticos foram passados a seu filho, Pepino, o Breve. Em 751, ele destronou o rei Childerico III, o último rei merovínio e fundou a dinastia Carolíngia.
Foi reconhecido rei pelo Papa. por isso lutou contra os lombardos, povo que ameaçava o poder da igreja. Na vitória cedeu o território de Ravena e reforçou o poder temporal da igreja. Isso tudo deu origem ao Patrimônio de São Pedro, que se tornou o estado da igreja católica.
IMPÉRIO DE CARLOS MAGNO
O império carolíngio não tinha sede fixa. Ela era onde o rei e sua corte se encontravam. Embora a cidade onde o rei passava mais tempo era Aquisgrã,no palácio das fontes de águas quentes.
Em 768, Carlos Magno, assumiu o trono e governou até 814. realizou muitas conquistas, expandindo as fronteiras do império. Com isso Carlos garantiu a dependência entre poder central e nobreza. Porque parte das terras conquistadas eram doadas à aristocracia que por sua vez tinha um compromisso de lealdade para o rei-susserano.
As vitórias de Carlos Magno expandiram não só seu território mas também a fé católica sobre as outras religiões.
Suas maiores conquistas foram:
» 773 – derrotou os lombardos anexando em seu território o norte da Itália.
» 778 – estabeleceu uma posse franca na Espanha.
» 804 – submeteu os saxões que haviam no norte do seu reinado.
O êxito de suas conquistas teve o apoio da igreja. Em 800, Carlos Magno recebeu do Papa Leão III a bandeira de Santo Sepulcro, sendo aclamado ‘’ imperador dos romanos’’. Seu reino foi o mais extenso da Europa Ocidental.
A propriedade da terra era a fonte de riqueza e de prestígio.
Para administrar um império tão grande , Carlos Magno estabeleceu muitas normas escritas, as chamadas capitulares, que funcionavam como leis.
Entre os administradores estavam:
» Condes: responsáveis pelo cumprimento das capitulares e pela cobrança de impostos dos condados,ou seja, territórios do interior;
» Marqueses: cuidavam dos territórios situados na fronteira do império, ou seja, dasmarcas.
» Missi-dominici: inspetores do rei, que viajavam por todo o reino para fiscalizar a atividade dos administradores locais.
Carlos Magno preocupou-se em promover o desenvolvimento cultural de seu reino. Então ele , apoiado por intelectuais, abriu escolas e mosteiros, apoiou a tradução e a cópia de manuscritos antigos e protegeu artistas.
Seu governo foi marcado por atividade intelectual nas áreas das letras, artes e educação. Isso foi chamado de Renascença Carolíngia, que contribuiu para a preservação e transmissão da cultura da antiguidade clássica.
Após a morte de Carlos Magno, em 814, o governo passou para seu filho Luis,O piedoso,que permaneceu no poder até 841. Isso mostra que o grande reino de Carlos Magno não durou muito. Porque já com os seus netos começaram as disputas.
Seus netos eram: Lotário, Carlos o calvo e Luis o Germânico. Depois que esgotaram o império os irmãos assinaram o Tratado de Verdum(843).
Esse tratado dividia o reino em três partes.
A Luis coube a França Oriental( atual Alemanha);Carlos herdou a França Ocidental( atual França); Lotário ficou com o território do centro da atual Itália até o Mar do Norte, que se chamou Lotaríngia.
Essa divisão do poder real e do território foi acompanhada de uma crescente autonomia e independência dos Condes.
A parte que ficou com Luis deu origem a um novo império, o Germânico. Até o século X, os grandes senhores feudais daquela região eram fiéis aos descendentes de Carlos Magno. Após o fim da dinastia Carolíngia, a Germânia passou a ser controlada por cinco famílias , onde o poder das terras ficaram divididas em cinco ducados:
Saxônia, Lorena, Francônia, Baviera e Suábia.
Entre estes reis não havia sucessão dinástica.
Os reis germânicos continuaram na tradição Carolíngia e aliaram-se ao Papa, levando o nome do império para Sacro Império Romano- Germânico.
Este império durou até o início do século XIX, quando foi destruído pelas guerras napoleônicas.
E assim mais um império desaparece, deixando para as gerações seguintes sua cultura e personagens importantes para serem estudados e assim lembrados mais uma vez.
Fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia012.asp