Ibovespa e dólar fecham em baixa em meio a incertezas sobre juros, novo arcabouço fiscal e compra da Credit Suisse

Em uma semana marcada pela definição da taxa de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e pela expectativa da apresentação do novo arcabouço fiscal, o Ibovespa fechou a segunda-feira, 20, em queda de 1,04%, a 100.922,89 pontos. Além disso, o dólar à vista fechou em baixa de 0,54%, sendo cotado a R$ 5,2429 na venda. Os maus desempenhos refletem o clima de incerteza em relação à política interna do país e um maior otimismo no mercado externo. O movimento contrariou as bolsas de valores dos Estados Unidos, que fecharam em altas que variam de 0,39% a 1,20%. Investidores se mostraram otimistas após o banco UBS anunciar a fusão com o Credit Suisse e analistas identificarem a possibilidade do Federal Reserve (Fed) pausar o aperto fiscal adotado no país. Contudo, as ações do banco suíço derreteram mais de 50% após o anúncio.

Tanto nos Estados Unidos como no Brasil, autoridades econômicas se reúnem para discutir a taxa de juros. Contudo, a B3 sofreu baixa por causa do receio em relação à nova âncora fiscal, que foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a lideranças do Congresso. A indefinição sobre o novo arcabouço com a expectativa para a reunião do Copom gera um clima de incerteza e aversão ao risco que reflete na bolsa de valores. As ações do plano de saúde Hapvida caíram 8,02% por causa do risco de insolvência. Em seguida, a JBS sofreu perdas de 7,27%. Os papéis das empresas Alpargatas e Eztec desvalorizaram mais de de 6% cada, enquanto a Petrobras recuou 2,47%. Nas altas, a São Martinho subiu mais de 4%, enquanto a CSN Mineração avançou 0,82%. A Vale também teve alta de 0,82%.