A importância da área fiscal adotar o protagonismo estratégico

Homem sentado em uma cadeira de escritório, trabalhando em um laptop em um ambiente noturno. A cena é iluminada por uma luminária de mesa, com papéis, canetas e um pequeno vaso de planta sobre a escrivaninha. Ao fundo, uma janela mostra a paisagem urbana com arranha-céus iluminados por luzes de prédios e letreiros. Área fiscal

Já parou para pensar que, em muitos casos, o setor fiscal é o que mais gerencia informações dentro de um negócio? Ainda hoje, é comum que a área fiscal seja vista meramente como uma função operacional dentro das empresas, voltada somente para o cumprimento de obrigações regulatórias. Contudo, cada vez mais o departamento lida diariamente com dados e é responsável por detalhes altamente estratégicos, que englobam todas as práticas desenvolvidas internamente em uma companhia. Cada operação gera uma quantidade imensa de dados fiscais que, se bem aproveitados, podem fornecer insights valiosos na tomada de decisão.

Além disso, a gestão eficiente dos tributos pode otimizar o custo de aquisição de bens e serviços, permitindo negociações mais vantajosas e ajudando na estruturação de preços que aumentam a competitividade da empresa no mercado. O correto aproveitamento dessas informações permite não apenas a redução de custos, mas também a maximização de margens, garantindo que a empresa tenha uma estratégia sólida e bem posicionada frente aos concorrentes.

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No entanto, um time fiscal pode ter um impacto ainda maior nos negócios com o apoio da tecnologia. Isso porque com a automação de tarefas o trabalho operacional é reduzido, ou seja, a equipe se torna muito mais estratégica e, consequentemente, mais eficiente.

Sendo assim, não é de se espantar que exista um movimento crescente no mercado para que o papel do departamento tributário seja repensado. A pressão generalizada por eficiência e redução de custos, combinada com o desenvolvimento de novas tecnologias, assim como a própria complexidade das legislações, têm impulsionado tal transformação.

Novidades tecnológicas como automação e big data passaram a permitir que empresas transformem uma tradicional gestão fiscal reativa, focada apenas no cumprimento de obrigações, em uma atuação proativa, em que a área identifica oportunidades de otimização e redução de riscos. Não à toa, segundo um levantamento desenvolvido pela Deloitte, 85% das companhias globais acreditam que o departamento fiscal pode agregar valor e ser mais estratégico para a redução de custos e otimização da carga tributária.

Contudo, apesar da parcela significativa, muitas parecem encontrar dificuldades em transferir o discurso para a prática. A sensação, inclusive, é corroborada por um relatório recente da PwC, no qual aponta que apenas 45% das grandes empresas utilizam ferramentas de automação em sua gestão tributária.

Hoje, quem se destaca nesse contexto transitório são organizações que apresentam tendências mais inovadoras, representadas por startups ou grandes marcas, que já começaram a usufruir de uma área fiscal com potencial de antecipar tendências e oferecer insights valiosos. Um estudo recente divulgado pela Vertex aponta que instituições que tratam a área de forma estratégica tendem a otimizar a eficiência operacional em até 30%, reduzindo ameaças e melhorando o controle sobre os dados.

Já é possível afirmar, portanto, que essas empresas utilizam o departamento fiscal como uma fonte de vantagem competitiva, permitindo uma maior flexibilidade no planejamento de negócios e um controle mais rigoroso do aspecto financeiro como um todo.

Com a Reforma Tributária batendo à porta, é imprescindível que as demais companhias, independente do porte ou setor de atuação, revejam a atuação de sua área tributária. Por que não aproveitar esse período de inevitável reavaliação para construir uma atuação fiscal com mais automação e que seja mais incisiva e impactante para os negócios?

A oportunidade de se diferenciar no mercado está na mesa, mas é necessário uma mudança de mentalidade. Chegou a hora de as empresas deixarem de enxergar a área fiscal apenas como um conjunto de obrigações burocráticas e reconhecerem de vez seu verdadeiro valor estratégico. Para aquelas que já adotaram essa visão, o futuro é promissor. Já aquelas que continuam subestimando um setor com tanto potencial, a tendência é de que oportunidades de crescimento sejam desperdiçadas.

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