Índice de confiança da indústria cresceu após corte nos juros, aponta CNI

A queda da taxa básica de juros (Selic) no promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) influencia diretamente no índice de confiança do empresário industrial, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a CNI, houve avanço de 2,1 pontos, o que fez o índice saltar de 51,1 pontos, para 53,2 pontos. A elevação mostra que o indicador começa a se distanciar da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da desconfiança. Segundo o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o corte na Selic foi determinante para o novo cenário: “O empresário industrial já mostrava confiança nesse mês de julho, mas essa confiança se tornou mais disseminada entre as empresas e mais forte nessa passagem de julho para agosto. Certamente o anúncio do corte da taxa básica de juros, já no início do mês de agosto, influenciou esse resultado e trouxe uma confiança maior para os empresários, o que se refletiu nesse índice”.

Outro dado relevante é o de que, pela primeira vez desde outubro de 2022, as expectativas com relação à economia brasileira para os próximos seis meses cruzaram o patamar que separa o pessimismo do otimismo. O índice saltou de 48,2 pontos para 51,5 pontos. Com relação ao otimismo sobre a própria empresa, a subida foi de 56,7 pontos para 58,6 pontos. “Todos os componentes do índice de confiança aumentaram, tanto a avaliação das condições correntes, quando das expectativas, isso na passagem de julho para agosto (…) Ou seja, os empresários passaram a acreditar em uma melhora da economia brasileira nos próximos seis meses”, declarou Azevedo. A expectativa da indústria é de uma sequência de cortes nos juros até o fim do ano. Os índices de condições atuais e expectativas da CNI são medidos a partir de perguntas e respostas sobre a percepção do empresariado em relação à economia e suas próprias empresas.

*Com informações do repórter Daniel Lian