Inovação aberta: passado, presente e futuro da tecnologia open source

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Presente, passado e futuro são conceitos que têm estado mais do que nunca na minha cabeça nos últimos tempos porque, embora devamos sempre olhar para o futuro como gestores de uma organização, é bom relembrar os alicerces que construímos para chegar a um presente tão promissor junto ao open source.

Com o passar dos anos, o open source tem sido uma forte impulsionadora de grandes mudanças. O que começou há três décadas como pequenas iniciativas idealizadas por Bob Young, Marc Ewing e outros entusiastas do código aberto, hoje é uma metodologia líder e referência mundial em inovação e tecnologia. Temos sido testemunhas e partícipes de um esquema que transformou a maneira de entender a tecnologia. Nesta filosofia encontramos o segredo que nos define, acreditamos na criação de ideias em comunidade e em compartilhar conhecimentos com o mundo para inovar de maneira colaborativa.

A América Latina é formada por uma profusão de culturas e realidades e, apesar das adversidades que cada país possa atravessar, as portas estão sempre abertas para colaborar uns com os outros. O tal “Latam Way” é senão um motor de inovação de dentro para fora, permeando setores e transformando indústrias.

Com base nesta história de 30 anos, o que vemos para o futuro próximo? O que devemos esperar para 2024? Este ano foi marcado pela consolidação da inteligência artificial como guia da evolução tecnológica das empresas. Todas as tendências de que podemos falar para o próximo ano têm no seu cerne o desenvolvimento de uma estratégia baseada em inteligência artificial e na automação. Além disso, a convergência entre o digital e o físico está cada vez mais presente nas aplicações de tecnologia em desenvolvimento. Esse é o caso da realidade aumentada, da realidade virtual e da internet das coisas aplicadas aos negócios, conceitos bem conhecidos pela indústria ultimamente.

Leia mais: Como equilibrar a inovação com responsabilidade social e sustentabilidade

Então qual a novidade? O alcance que podem ter, que é limitado apenas pela imaginação e pelo objetivo da inovação. As barreiras são difusas e o real e o digital estão cada vez mais interligados. O digital está se tornando cada vez mais real e os limites da realidade se tornam mais flexíveis.

Segundo a IDC, o mercado mundial de software de inteligência artificial irá atingir US$791 milhões em 2026, com uma taxa anual de crescimento composta de 18%. Para a Red Hat, a inteligência artificial e o machine learning (AI/ML) representam uma grande oportunidade para os clientes que desejam criar aplicações inteligentes. A família de produtos Red Hat OpenShift AI, que inclui o OpenShift Data Science e que se origina a partir da comunidade Open Data Hub, acelera a inserção de funcionalidades de IA em aplicações, serviços e operações. Assim, o OpenShift aproveita para simplificar as implementações de IA em escala, desde a nuvem até on-premise e a edge.

A convergência entre o físico e o digital também repercute a necessidade das empresas de ter foco na automação de processos. Nesse mercado, nossa abordagem se concentra no Ansible Automation Platform, uma solução para automatizar as operações de TI, infraestrutura, rede, nuvem e segurança, para ajudar as organizações a aumentar a eficiência de seu ambiente de TI e modernizar o negócio. Trata-se de eliminar o peso de pensar constantemente nas tarefas monótonas e repetitivas que devem ser concluídas no dia a dia para liberar recursos que foquem em otimizar a eficiência. Isso será essencial em 2024 que chegará com novos desafios que irão demandar muito mais atenção em áreas como nuvem, redes e segurança.

A outra grande tendência é a cibersegurança. Todas as grandes mudanças que planejamos devem ter em conta o conceito de DevSecOps, um modelo que coloca a segurança no centro do desenvolvimento. As organizações dificilmente irão conquistar uma verdadeira automação sem segurança, eficiência e agilidade de TI.

Pensando no próximo ano, a otimização inteligente de TI será outra tendência que ajudará nossos clientes a conquistar eficiência, otimizando os investimentos e infraestruturas existentes por um lado e modernizando seus ativos de TI por outro, para que possam aproveitar ao máximo seus orçamentos, recursos e posicionar sua infraestrutura para o futuro.

As organizações têm investido muito em diferentes infraestruturas, aplicações, processos e políticas ao longo de dois anos, o que criou um ambiente de TI complexo, caro e difícil de operar. Ainda que haja muita pressão para passar para novas plataformas, nuvens públicas e tecnologias que ajudem a empresa a competir, a TI não pode simplesmente descartar os investimentos já feitos e ativos existentes. Será necessário equilibrar novas tecnologias e abordagens para trazer inovação e conhecimento para o negócio e, ao mesmo tempo, respaldar e modernizar os sistemas legados que ajudam a administrar e proteger o negócio de hoje.

É por isso que a ciência de dados e a análise preditiva deles se tornarão um pilar fundamental no futuro próximo. Ao aproveitar algoritmos avançados e técnicas de aprendizagem automática, a análise preditiva, inaugura uma nova era de análise de dados históricos, identificação de padrões e previsões precisas sobre futuros resultados.

Os dados se tornaram a moeda de troca da inovação e ao falar deles é impossível não mencionar algo que tem estado entre nós há algum tempo e que tenho certeza de que veremos crescer ainda mais no próximo ano: Internet das Coisas (IoT). A IoT vem contribuindo significativamente em diferentes setores, conectando vários dispositivos e permitindo uma comunicação perfeita entre eles. É de se esperar que a adoção de aplicações de IoT se ramifique em todos os segmentos.

Com a tecnologia IoT, as empresas podem melhorar a eficiência operacional, otimizar a utilização de recursos e melhorar a experiência geral do usuário. Não obstante, esta automação não deixa de lado o fator humano de forma alguma; será fundamental continuar a preparação das pessoas, que realmente podem aproveitar o poder da IoT e criar aplicações sólidas, seguras e escaláveis que permitirão a coleta, a análise e a automação dos dados.

Por último, não posso deixar de mencionar a chegada definitiva do 5G à região e aos diversos setores. À medida que o 5G se estende por todo o mundo, as empresas devem se adaptar e aproveitar esta tecnologia revolucionária. Uma vez que esteja disponível, o limite já não será o céu; a realidade aumentada, a realidade virtual e, como mencionamos antes, a IoT, alcançarão seu verdadeiro potencial.

Falei muito do que virá, o futuro que todos aguardamos com muita energia. Mas mencionei também o passado e o presente e quero parar um instante aqui, pois. Mais do que inovar com tecnologia, planejamento e colaboração, precisamos considerar os impactos de nossas ações a fim de imaginar um sistema perene de mudanças para todos os envolvidos na cadeia.

Ao receber 2024, lembremos o quão importante é para o setor desafiar limites, superar barreiras e redefinir as regras. 2024 é o ano em que todos aqueles conceitos que criamos no passado se convertem em realidade e esta é a oportunidade para as empresas abraçá-los. E trago ao presente uma frase que guia nosso motor de transformação na Red Hat: “errar rápido para ajustar e executar ainda mais rápido”. Isso significa que devemos nos animar e ganhar agilidade neste exercício de inovação contínua.

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