Israel envia aviões para buscar reservistas no exterior

O governo de Israel enviou aviões de transporte militar ao exterior para buscar os cidadãos no exterior que desejam se juntar às tropas na guerra contra o grupo Hamas. A Força Aérea iniciou uma operação para facilitar este regresso, enviando aviões de transporte para o exterior, segundo confirmou hoje a instituição militar na rede social X, antigo Twitter. Ao todo, 300 mil foram chamados desde o ataque surpresa que a organização islâmica Hamas lançou no sábado, 7, a partir da Faixa de Gaza. Na Guerra do Yom Kippur de 1973, Israel mobilizou 400 mil reservistas, mas ao longo de toda a campanha, que durou 18 dias. Não há informações de todos os convocados já se apresentaram. Israel conseguiu movimentar esse número de reservistas em apenas 48 horas, algo sem precedentes, segundo o Exército. Em Israel, todo adulto com até 40 anos conta como soldado da reserva, é obrigado a se juntar às fileiras se for convocado e ocasionalmente participar de atividades de treinamento, embora mulheres grávidas ou mulheres com filhos estejam isentas. Aproximadamente um quarto destes reservistas são considerados “ativos” por terem participado de treinamento regular.

Muitos israelenses que tinham viajado para o exterior, algo comum nesta altura da semana festiva de Sucot, quando ocorreu o ataque, estavam se preparando para regressar ao seu país quando a guerra eclodiu. Especialmente no vizinho Chipre, um destino de férias popular para os israelenses, havia enormes filas e tentativas de conseguir um assento em um voo, segundo pôde constatar. “Há aviões de todo o mundo cheios de israelenses que querem voltar, que pedem para voltar e lutar”, disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, na noite passada. “Esta noite, aeronaves de transporte do tipo ‘Karnaf’ e ‘Shimson’ trouxeram centenas de combatentes das Forças Armadas israelenses de volta a Israel para participarem da guerra da ‘Espada de Ferro’, como parte dos esforços do Exército israelense para concentrar forças para os combates que continuam”, afirma a mensagem.

*Com informações da EFE