Latam oferece cerca de R$ 290 para consertar cadeira de rodas de atleta avaliada em R$ 60 mil

A Latam Airlines ofereceu 60 dólares (cerca de R$ 290) para pagar o conserto da cadeira do paratleta Daniel Rodrigues. Considerado um dos melhores jogadores de tênis em cadeira de rodas do país, Rodrigues usou as redes sociais para criticar a companhia aérea. De acordo com o relato do tenista, sua cadeira de rodas quebrou durante uma viagem para a Europa, onde disputará torneios pela modalidade. Ele compartilhou a situação em suas redes sociais. O atleta viajou de Confins, em Minas Gerais, para Guarulhos, em São Paulo, antes de embarcar para a Suíça. Ele conta que ao pegar seu principal instrumento de trabalho, notou que faltava um pedaço. De acordo com o paratenista, a empresa ofereceu 60 dólares pelo conserto, algo que foi prontamente recusado. “Cheguei aqui no Aeroporto de Guarulhos. E olha aqui: partiram minha cadeira”, diz em vídeo publicado em seu perfil no Tik Tok, no qual mostra o pedaço que faltava. Na gravação, ele diz, também, que disputará três torneios na Europa. O primeiro deles na Suíça. Em razão do incidente, Daniel criticou a empresa. “Infelizmente essas coisas viraram rotina. Não tem nenhum cuidado com as cadeiras”, disparou.

O atleta paralímpico revelou ao “Brasil No Tênis” que a Latam ofereceu 60 dólares pelo conserto. “Fui na na Latam reclamar e eles me ofereceram 60 dólares. Falei que não aceito, pois a cadeira vale muito mais que isso, e ela não tem conserto, pois partiu, qualquer coisa que fizer para consertar seria uma gambiarra. Como não aceitei os 60 dólares, eles abriram a reclamação e ficaram de me dar um retorno”, relatou Daniel. O paratenista embarcou mesmo assim para a Suíça, onde disputará o Swiss Open, em Genebra. Ao “Brasil No Tênis”, ele afirma que pretende atuar com uma cadeira emprestada ou tentar fazer gambiarra na sua. “Decidi embarcar mesmo assim para a Suíça, para tentar jogar esses torneios, pois agora começa a contagem para a vaga das Paralimpíadas de Paris em 2024. Minha intenção é tentar jogar com uma cadeira emprestada de um outro jogador, ou tentar fazer uma gambiarra na minha. Tudo isso seria uma tentativa para poder jogar os torneios, mesmo sabendo que jogar em uma cadeira remendada também não é o ideal, já que toda cadeira é feita sobre medida, tanto do seu corpo quanto da sua deficiência”, completou. Procurada pela reportagem da Jovem Pan, a Latam afirma, em nota, que “lamenta os transtornos e informa que já está em contato com o cliente para a resolução do caso”.