Lewandowski diz que fuga em Mossoró é um ‘problema localizado e que será superado em breve’

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, desembarcou na manhã deste domingo, 18, em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para acompanhar a investigação sobre a fuga de dois detentos da penitenciária federal da cidade. Em coletiva de imprensa, o ministro afirmou que essa situação é uma “dificuldade momentânea” e que será superada em breve. “A minha presença aqui é, antes de mais nada, para mostrar que o governo federal está presente aqui”, iniciou. “É um problema que não afeta em hipótese nenhuma a segurança das cinco unidades prisionais federais, mas que é um problema localizado e que será superado em breve com a colaboração de todos”, disse.

Lewandowski viajou ao lado do diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Gustavo Souza; com quem cumprirá agenda de reuniões com os responsáveis pelas equipes de segurança e foi recebido no aeroporto pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra;  e pelo secretário Nacional de Políticas Penais do MJSP, André Garcia. O ministro agradeceu a colaboração das autoridades e elogiou os esforços feitos até o momento. “Mais do que isso, mostrar que o Brasil é um país que está unido no diálogo federativo. É um país que está cultivando as relações republicanas e o diálogo democrático. É por isso que estamos aqui, conversando com todo mundo e na certeza de que haveremos de superar em breve essa situação adversa”, acrescentou.

As buscas pelos criminosos, identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça — ligados à facção criminosa Comando Vermelho — completam o quinto dia da operação que envolve mais de 300 agentes da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das forças estaduais. Desde a fuga, os procurados já invadiram uma casa e fizeram uma família refém. Lewandowski garantiu que as medidas frente aos acontecimentos estão sendo tomadas. “Já demos conta de algumas medidas que pretendemos tomar a curto, médio e longo prazo, que serão definidas depois pelos nossos polos técnicos” afirmou. O episódio marca a primeira crise enfrentada pelo ministro no cargo, que assumiu a pasta no dia 1° de fevereiro.