Linha de crédito Rural do BNDES contará com taxa de juros abaixo da Selic com valor fixo para receitas em dólar

Nesta segunda-feira, 17, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciaram mudanças na linha BNDES Crédito Rural. Entre as novidades, o destaque é uma taxa fixa em dólar para o financiamento de investimentos na agricultura. Inicialmente, serão disponibilizados R$ 2 bilhões para produtores rurais, que deverão ter receitas em dólar para conseguir participar da linha de crédito. O financiamento contará com taxa de juros fixa de 7,59% ao ano para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. Para quem recebe em dólar, a variação cambial será desconsiderada, segundo Mercadante. “É uma taxa muito abaixo da Selic. Estamos falando de Selic -6%. É uma taxa de juros muito baixa, mas ela só vai poder ser assim para quem tem receita em dólar. Quem não tem, não pode usar essa linha porque nós não queremos transferir para o produtor o risco da variação do câmbio”, esclareceu Mercadante. A intenção do banco é incentivar a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas de produção nacional. A linha contará com 2 anos de carência e os usuários terão até 120 meses para pagar o financiamento. A medida será publicada oficialmente na terça-feira, 18, e será disponibilizada em maio pelos 77 bancos credenciados pelo BNDES. Além disso, o órgão lançou uma segunda linha de financiamento no valor de R$ 21 bilhões para MEIs, micro, pequenos e médios empresários. “O BNDES garante por meio do fundo garantidor do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC) até 80% da operação. Quando nós garantimos o risco, ajudamos a diminuir a crise de confiança e a girar a economia para que os empresários possam ter mais crédito e capacidade de investimento”, complementou o presidente do BNDES. O fundo conta com uma carteira de garantias ativas de R$ 61 bilhões, fazendo com que o novo limite disponibilizado representa mais de 1/3 da carteira atual.