Lula tenta se aproximar do agro, mas diz que setor usa ‘muito veneno’; confira destaques do programa

O programa Hora H do Agro deste sábado, 17, analisou a perspectiva da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) de que o agronegócio irá pagar mais impostos com a reforma tributária. A análise da bancada do agro parte do princípio de que apenas três dos nove pedidos realizados ao grupo de trabalho da reforma na Câmara foram atendidos. Também esteve em destaque a sinalização de que o presidente Lula irá tentar se aproximar do agronegócio através do Plano Safra, programa governamental de concessão de crédito rural. Ao mesmo tempo, Lula em outra oportunidade criticou os agro dizendo que utiliza “muito veneno”. O presidente vai conseguir se aproximar do setor produtivo? Entre outros temas abordados no programa estão as perspectivas para o dólar depois que a moeda atingiu mínimas de R$ 4,79, a soltura do líder sem-terra José Rainha pela Justiça de São Paulo e se a relação de ouro entre Brasil e União Europeia acabou após as derrotas em assinar o acordo entre o bloco econômico e o Mercosul. Confira.

Reforma tributária: agro pagará mais impostos

Nesta semana, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) afirmou durante reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária que tudo leva a crer que o agronegócio pagará mais impostos. A fala do parlamentar acontece após o grupo de trabalho da reforma tributária apresentar um relatório que servirá de base para o texto final do tema. Segundo a bancada do agro, dos nove pedidos para o setor, apenas três foram atendidos. Entre eles estão a falta de alíquota diferenciada para o setor de insumos e o tratamento único para os combustíveis, afetando assim o setor de biocombustíveis.

Lula tenta se aproximar do agro, mas diz que setor usa “muito veneno”

Nesta semana, o presidente Lula realizou sua primeira live nas redes sociais. No encontro, ele deu sinais de que irá usar o Plano Safra, política de crédito rural do governo, para se aproximar do agronegócio. Em outra entrevista a uma rádio de Goiás, Lula citou que o parlamento francês não quer aceitar a finalização do acordo Mercosul-União Europeia porque o agro usa “muito veneno”. Lula vai conseguir se aproximar do agro? Confira a análise do CEO da BMJ, Wagner Parente.

Era de ouro da relação Brasil-União Europeia acabou?

A semana foi marcada pela visita da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, ao Brasil. O acordo comercial Mercosul-União Europeia esteve em destaque. Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revelam que a União Europeia vem perdendo representatividade nas exportações do agronegócio brasileiro. Em 2012, 21,7% dos nossos embarques agrícolas tinham como destino o bloco e em 2022, o número caiu para 16,1%. Confira análise do diretor de estratégia da Arko Advice, Thiago de Aragão.

Dólar a R$ 4 é o novo patamar? Entenda

O noticiário nesta semana teve como destaque notícias positivas quanto ao cenário econômico do Brasil. A agência de classificação de risco S&P Global elevou a nota de crédito do Brasil. Já o Itaú revisou as projeções para PIB, inflação, juros e dólar. Outro destaque da semana foi a expressiva queda do dólar, que chegou a atingir mínimas de R$ 4,79. Este será o novo patamar do dólar daqui para frente? Confira a análise do analista de inteligência de mercado da StoneX, Leonel Mattos.

Plano Safra: ‘Viés sustentável parece cortina de fumaça’

A semana foi marcada por reuniões por parte do ministro da agricultura, Carlos Fávaro, e representantes do agro, como a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) para tratar de Plano Safra 23/24. Ao programa Hora H do Agro deste sábado, 17, o presidente da Abimaq, José Velloso, afirmou que Fávaro sinaliza que nesta próxima temporada, o programa será robusto. Já o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) disse estar preocupado com a falta de anúncio da data do plano e que sem recursos, o viés sustentável soa como uma ‘cortina de fumaça’. Entenda.

Agro articula aprovação de urgência Marco Temporal no Senado

Representantes de Santa Catarina, incluindo parlamentares do agronegócio, articulam com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a aprovação do pedido de urgência do projeto de lei do Marco Temporal das Terras Indígenas. O PL, que tenta se antecipar à decisão do STF sobre o mesmo tema, prevê que só podem ser demarcadas como terras indígenas, áreas que esses povos ocupavam na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

Líder sem-terra José Rainha é solto pela Justiça; deputado do agro critica

O tribunal de Justiça de São Paulo concedeu nesta semana liminar revogando a prisão preventiva de José Rainha, um dos principais líderes da Frente Nacional de Lutas. O movimento ficou conhecido por realizar uma série de invasões em propriedades rurais no pontal do Paranapanema, extremo oeste de São Paulo, no chamado “Carnaval Vermelho”. Durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, o deputado federal Evair de Melo (PP-ES) fez a leitura das justificativas da soltura de Rainha e criticou a decisão da Justiça. “Observa-se que ele é réu primário, possui bons antecedentes, prova de atividade lícita e endereço fixo de modo que a prisão cautelar não se mostra necessária. Zé Rainha, se você tem tudo isso, por que continua invadindo terras?”, questionou.