Mães apostam em empreendedorismo para conciliar trabalho e filhos

Muitas mães brasileiras encontram no empreendedorismo uma forma de conciliar o trabalho com o cuidado dos filhos, constatou uma nova pesquisa do Serasa Experian. De acordo com o estudo – chamado Empreendedoras Brasileiras PME –, 29% das entrevistadas declararam que conseguir conciliar tempo de trabalho com o cuidado dos filhos foi um dos principais ganhos ao se tornarem empresárias.

Dessas mulheres, 38% têm entre 40 e 49 anos, e 31% entre 30 e 39 anos. A maioria delas, 36%, está no Nordeste, e 32% estão no Norte e Centro-Oeste.

Para 50,4% das entrevistadas, outro ganho ao se empreender foi a flexibilidade de horário. Independência financeira foi outro fator crucial, já que 45% das mulheres responderam que são completamente independentes financeiramente de cônjuges e familiares, sendo que 51% da renda que elas recebem vêm da atividade empresarial.

Neste recorte, 57% do porte das empresas dessas empresárias é pequeno ou médio e 43,9% individual ou micro.

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O estudo também mostra que o nível de escolaridade é alto entre essas empreendedoras. Cerca de 55% delas possuem pós-graduação, 42,8% formação superior e 35,8% ensino médio completo.

Arrimo de família

Outro levantamento realizado pela Serasa buscou entender a contribuição das mulheres para o orçamento familiar. De acordo com o estudo “Relevância das Mulheres nas Finanças das Famílias Brasileiras”, realizado em parceria com o instituto Opinion Box em fevereiro de 2023, nove em cada dez mães têm responsabilidade no orçamento das famílias brasileiras.

As mães solteiras, viúvas e divorciadas são, em maioria, as únicas provedoras das residências, encarregadas de cuidar dos filhos e dar conta de todas as despesas.

Nesse recorte, 48% das mães solteiras, que declaram possuir pelo menos um filho, não possuem companhia para dividir as finanças e são, portanto, as responsáveis exclusivas por arcar com os gastos familiares. No caso de mães divorciadas e viúvas, os números são ainda maiores, atingindo 65% e 57% dessas parcelas de respondentes, respectivamente.

“As mães casadas representam a única fatia entre as participantes com filhos que possuem maior parcela de ajuda para manter a família financeiramente (32%)”, explica Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

“Sem apoio, as mulheres se tornam fonte de renda para manter a família e quitar as contas que chegam todos os meses. Cada vez mais empoderadas também no mundo das finanças, os dados refletem o perfil dessa mãe brasileira que atua ativamente para gerir as finanças da casa sozinha”.

Segundo a pesquisa, a maioria das entrevistadas já recorreu a algum “bico” ou trabalho informal para complementar a renda. O recorte chama atenção, principalmente, entre o grupo de mães solteiras, no qual 84% revelam já ter procurado formas de obter ganhos extras.

“Mesmo possuindo um trabalho fixo, as mulheres que cuidam de seus filhos ainda buscam outras formas de manter as contas em dia e a qualidade de vida”, lembra Patrícia.

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