Mauricio de Sousa perde vaga de novo imortal da ABL para filólogo Ricardo Cavaliere

O cartunista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, perdeu nesta quinta-feira, 27, a vaga para ser o novo imortal da Associação Brasileira de Letras (ABL). O filólogo Ricardo Cavaliere foi eleito com 35 votos para a cadeira número oito. Já o quadrinista teve apenas dois votos. Além deles, outros quatro candidatos tentaram ficar com a cadeira que era da professora especializada em literatura portuguesa Cleonice Berardinelli, que morreu aos 106 anos em janeiro. Foram eles Joaquim Branco, Eloi Angelos G. D’Arachosia, José Alberto Couto Maciel e James Akel. Apesar da polêmica que movimentou o meio literário e os brasileiros nas últimas semanas, com discussões acaloradas sobre histórias em quadrinhos e alta literatura e sobre se um desenhista “merecia” estar numa “casa de escritores”, Mauricio de Sousa se mostrou o nome mais popular entre os candidatos. No entanto, a ABL elegeu Ricardo Cavaliere, que já havia concorrido em 2021, quando José Paulo Cavalcanti foi eleito. Cavaliere é professor com experiência na área de Letras e Linguística e autor de obras como Fonologia e Morfologia na Gramática Científica Brasileira e Pontos Essenciais em Fonética e Fonologia. A expectativa é de que Mauricio de Sousa tente novamente se eleger para uma cadeira da ABL. Inspirada na Academia Francesa e inaugurada em 1897, a Associação Brasileira de Letras conta sempre com 40 acadêmicos – nem todos escritores – escolhidos pelos próprios imortais. Inclusive, alguns grandes autores nunca se interessaram em se candidatar. E também alguns imortais não entraram exatamente para a história da literatura brasileira. Mas o título dá prestígio ao escolhido, e benefícios.