Milei vota com segurança reforçada, e esposa de Massa acusa adversários de tentarem ‘quebrar a transparência’

Os dois candidatos à presidência da Argentina votaram em seus respectivos redutos eleitorais e fizeram o discurso antes do resultado oficial. O ultraliberal Javier Milei, que tem um pequeno favoritismo, de acordo com as pesquisas, chegou por volta das 12h40 à Universidade Tecnológica Nacional, em Buenos Aires. Foi montado um reforçado apartado de segurança para o representante do partido A Liberdade Avança. Em breve conversa com a empresa, ele usou a verborragia habitual e demonstrou confiança. “Esperemos que amanhã haja mais esperança e não tanta continuidade de declínio”, disse Milei. “Fizemos um trabalho enorme, apesar de toda a suja da mídia. Agora, deixem as urnas falarem.” Já Sergio Massa, atual ministro da Economia, chegou para votar pouco antes das 12h em Tigre, na Região Metropolitana da capital. “Hoje iniciamos uma nova etapa na Argentina e essa etapa requer, além de boa vontade, inteligência e capacidade, o diálogo e o consenso necessários para que nosso país percorra um caminho muito mais virtuoso”, declarou o candidato peronista, apoiado pelo atual presidente Alberto Fernández. A votação se encerrará às 18h (local e de Brasília). O resultado de quem governará o país pelos próximos quatro anos deve ser anunciado por volta das 21h.

Se no primeiro turno foi Milei quem denunciou fraude (sem mostrar provas), agora a mulher de Massa levanta dúvidas sobre a lisura das eleições argentinas. “Acusaram-nos de fraude e quem quebra ou tenta quebrar a transparência deste processo eleitoral democrático são os que nos acusam”, disse Malena Galmarini, que preside a AySA (Agua y Saneamientos Argentinos S.A, empresa concessionária dos serviços públicos de água potável e coleta de esgoto de Buenos Aires e da região metropolitana).  Segundo ela, os opositores estão rasgando as cédulas de seu marido. “Queremos dizer que mesmo que as cédulas estejam rasgadas, elas são válidas. Pedimos às outras forças que façam as coisas em conformidade. Que o processo eleitoral seja pacífico para que os argentinos possam votar em quem quiserem. Os representantes da nossa frente agora se apresentam pedindo que [a Justiça eleitoral] emita uma resolução para que, no momento da recontagem, não haja transtornos ou momentos de tensão”, completou. Ela também não apresentou provas de sua denúncia.