Milícia em Rio das Pedras instala portões e cobra taxas por chaves para moradores
A polícia do Rio de Janeiro está atualmente investigando um novo esquema criminoso operado por milicianos na comunidade de Rio das Pedras, localizada na zona oeste da capital. Este grupo paramilitar, que já exerce controle sobre uma das maiores favelas do Brasil, implementou uma estratégia de bloqueio físico, instalando portões que restringem o acesso a ruas, vielas, prédios e condomínios. Para que os moradores possam transitar livremente por esses portões, é exigido o pagamento de uma taxa de R$ 400 para a obtenção de uma chave. Esta ação é mais uma tentativa do grupo de aumentar sua receita, que já inclui uma taxa de segurança de R$ 50 cobrada dos residentes.
Rio das Pedras é uma comunidade que abriga cerca de 70 mil pessoas, sendo a quinta mais populosa do país. A milícia, além de controlar o acesso físico, impõe uma série de sobretaxas sobre a circulação de bens e serviços essenciais na área. Isso afeta diretamente o custo e a disponibilidade de itens como lixo, comida, água, gás de botijão e transporte alternativo. Os moradores estão cada vez mais preocupados com a situação, relatando que pelo menos 15 portões já foram instalados, com planos de expansão para até 100 portões, o que aumentaria ainda mais o controle do grupo sobre a comunidade.
A investigação policial está focada em compreender a extensão e o funcionamento deste esquema, que representa mais uma ousadia do crime organizado no Rio de Janeiro. A instalação dos portões e a cobrança de taxas são vistas como uma estratégia para consolidar o domínio da milícia sobre a comunidade, gerando lucros significativos para o grupo criminoso. Este tipo de controle físico e econômico reflete a crescente sofisticação das operações das milícias, que continuam a desafiar as autoridades locais.
*Com informações de Rodrigo Viga
*Reportagem produzida com auxílio de IA
