Ministério das Mulheres e UNE repudiam simulação de masturbação coletiva feita por time universitário em competição

Estudantes universitários de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro)  causaram grande repercussão nas redes sociais no último domingo, 18. Eles foram flagrados nos jogos universitários em um “punhetaço”, como é chamada este tipo de masturbação coletiva. No registro, pode-se ver homens correndo pela quadra com as calças abaixadas na altura do joelho e tocando nas partes íntimas, eles estão  simulando uma “volta olímpica” pelo espaço. Já no segundo vídeo, o episódio ocorreu durante uma partida de vôlei feminina, e os homens na torcida abaixaram a calça e pularam em comemoração. No Twitter, o Ministério das Mulheres e a União Nacional dos Estudantes (UNE) fizeram manifestação de repúdio ao acontecido. “Romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero. Atitudes como a dos alunos de Medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas — elas devem ser combatidas com o rigor da lei”, escreveu a pasta.

Nesta segunda-feira, 18 a UNE (União Nacional dos Estudantes) afirmou, por meio das redes sociais, que são “absurdas as cenas dos alunos de medicina da Unisa durante os jogos universitários. Esses estudantes precisam ser responsabilizados pelos crimes cometidos em uma conduta inaceitável durante um jogo de vôlei feminino. Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo”.

Já a deputada estadual Marina do MST (PT-RJ) afirmou que membros da equipe de futsal masculino da Unisa foi expulso dos jogos universitários de medicina após os atos. “O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece. São essas mesmas figuras que cuidarão da nossa sociedade quando formados médicos? Não por acaso, o curso da mesma faculdade é conhecido pelos trotes violentos, misóginos e hierarquizantes”, publicou ela.

Procurada pela reportagem do site da Jovem Pan, a Unisa não se pronunciou sobre o ocorrido até a publicação deste texto. Afirmamos que o espaço está aberto para o posicionamento oficial da instituição sobre o caso.