‘Mundo corporativo é muito ágil: você não pode se desesperar e pular do barco’, diz head de Pessoas & Cultura da Evoltz

Nossa Mulher Positiva de hoje é Míriam Cardoso, head de Pessoas & Cultura, psicologa, “mãedrasta” do Miguel e mãe de pet da Nala. Miriam traz para a gente a sua historia de carreira, como lidou com os desafios corporativos e como equilibra sua vida pessoal e profissional. “Hoje não abro mão de fazer exercício físico três vezes na semana, que para mim é uma questão de saúde física e mental. Confiar no seu time e saber que eles são comprometidos e com alto nível de entrega é fundamental para uma boa delegação e evitar autocobranças desnecessárias.”

1. Como começou a sua carreira? Minha paquera com a área de RH começou ainda na faculdade quando tive a oportunidade de fazer parte da empresa júnior de psicologia da UFRJ. Ali conheci e tive contato com empresas, com a atuação em RH e me apaixonei. Desde então passei por grandes empresas, nacionais e multinacionais, onde aprendi muito e sou grata por ter encontrado tanta gente boa nesse caminho.

2. Como é formatado o modelo de negócios da Evoltz? Hoje estou na posição de Head de Pessoas e Cultura da Evoltz, empresa do segmento de energia, com foco em transmissão. Temos hoje sete concessões, que contam com 11 linhas de transmissão, sendo mais de 3.500 km de extensão. Cheguei para trabalhar numa transformação cultural para apoiar a transformação do negócio que hoje tem como propósito ser uma sólida plataforma de crescimento do acionista no Brasil.

3. Qual foi o momento mais difícil da sua carreira? Penso que o momento mais difícil foi ter equilíbrio emocional e resiliência para lidar com a informação de que a linha de negócio que eu atuava iria acabar. Você pensa: e agora? Vou ser demitida? Como vou contar isso para a minha família? O que vai ser de tantos colaboradores e colaboradoras e suas famílias? Mas o mundo corporativo é muito ágil e muda constantemente. Você não pode se desesperar e, por ansiedade, sair correndo e pular do barco. Busco sempre levar tudo na vida de uma maneira leve e com uma visão otimista, e não foi diferente. No pior cenário, se ao final da jornada fosse desligada, teria tido a oportunidade de atuar num projeto desafiador e que me traria grandes aprendizados como profissional e como pessoa. No fim, as coisas mudaram e o desfecho foi superpositivo!

4. Como você consegue equilibrar sua vida pessoal x vida corporativa? Confesso que esse é o meu maior ponto para desenvolvimento, conseguir desconectar. E busco constantemente esse equilibro… Posso dizer que já avancei grandes passos. Hoje não abro mão de fazer exercício físico três vezes na semana, que para mim é uma questão de saúde física e mental. Confiar no seu time e saber que eles são comprometidos e com alto nível de entrega é fundamental para uma boa delegação e evitar autocobranças desnecessárias.

5. Qual seu maior sonho? Que possamos viver numa sociedade com menos julgamentos, mais amor, e onde as pessoas possam ser livres para serem suas melhores versões.

6. Qual sua maior conquista? Não tenho uma grande conquista material, até por não ter grandes ambições nessa linha. Mas ter conseguido construir uma carreira sólida, de grandes reconhecimentos ao longo da minha trajetória, ter feito amigos verdadeiros por onde passei, com certeza é uma grande conquista, da qual me orgulho muito.

7. Livro, filme e mulher que admira. Hoje tenho dois livros na cabeceira?: “Walking the Talk” e “Vença a Síndrome do Degrau Quebrado”. Tem outro livro que gosto bastante, é o “Mindset”. Um filme que me tocou muito é “O Menino que Descobriu o Vento”. Mulheres inspiradores temos muitas… Mas vou eleger uma que hoje é minha mentora e que me faz enxergar o mundo corporativo por outra perspectiva, que é a Catia Porto.