Na Unifique, receita móvel salta 3.769% em um ano
A Unifique registrou no primeiro trimestre de 2025 uma alta de 3.769,3% na receita de telefonia móvel em relação ao mesmo período do ano anterior. O salto, de R$ 300 mil para R$ 10,7 milhões, reflete a rápida expansão da base de clientes e da cobertura da rede móvel da empresa, que opera com infraestrutura própria em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, e como MVNO no restante do país.
O número de acessos móveis chegou a 131.926 no fim de março, avanço de 38,4% em relação ao trimestre anterior. Desse total, 87% estão vinculados a ofertas em combo com a banda larga fixa, estratégia que tem contribuído para fidelização, aumento do tíquete médio e redução do churn. A operadora também reportou que 56,9% das novas linhas foram captadas via portabilidade.
A cobertura própria 5G e 4G da Unifique atingiu 48 cidades no Sul do Brasil ao final de abril. A população coberta passou de 305 mil para 900 mil habitantes no trimestre. Em paralelo, a companhia segue com obrigações regulatórias para levar a rede móvel a 670 cidades com menos de 30 mil habitantes até 2029.
Estratégia de crescimento inclui aquisições e ampliação de rede
A operadora tem acelerado a incorporação de ativos. No primeiro trimestre de 2025, foram integradas 105 mil novas portas de fibra a partir das aquisições da Proserver (Sygo) e da Vex Telecom. O total de acessos de banda larga chegou a 806.955, com 15.101 adições líquidas orgânicas no período — mais que o triplo do registrado um ano antes.
O churn da banda larga caiu para 1,58%, ante 1,81% no mesmo trimestre de 2024. A taxa de penetração nas redes construídas permaneceu em 67%, e a Unifique passou a operar com 2,48 milhões de portas mapeadas.
Receita sobe, mas lucro recua
A receita bruta consolidada da Unifique somou R$ 335,9 milhões no primeiro trimestre de 2025, crescimento de 8,5% na comparação anual. O EBITDA contábil foi de R$ 133,4 milhões, alta de 8,2%, com margem de 49,5%. O EBITDA recorrente ajustado chegou a R$ 133,6 milhões.
Já o lucro líquido caiu 1,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024, fechando o período em R$ 37 milhões, influenciado pelo aumento de despesas operacionais e financeiras. O resultado financeiro foi negativo em R$ 14,5 milhões, 45% pior que no ano anterior.
O CAPEX foi de R$ 57,6 milhões, com R$ 30 milhões destinados à operação 5G. A alavancagem da companhia subiu para 0,74x dívida líquida sobre EBITDA, mantendo-se em patamar considerado conservador pela diretoria.
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