NEC planeja estender projeto de cultivo na Amazônia para outras culturas

Cristiano Blanez, da NEC; empresa quer ampliar projeto na Amazônia
Cristiano Blanez, da NEC; empresa quer ampliar projeto de cultivo e processamento de culturas da Amazônia com população local

Após pôr em prática um projeto em parceria com o Instituto Amazônia 4.0, no qual atua ao lado de pequenos produtores da região amazônica no cultivo de cacau e cupuaçu, a NEC planeja estender a iniciativa para outras culturas locais, informou Cristiano Blanez, diretor de Inovação da empresa japonesa no Brasil, nesta quarta-feira, 15.

O projeto consiste em erguer unidades do Laboratório Criativo da Amazônia (LCA), espaços onde são produzidos chocolates finos a base de insumos locais, estimulando a economia da região. Na prática, a NEC disponibiliza equipamentos com tecnologia para processamento da amêndoa, transformando o cacau em chocolate de qualidade. Processo semelhante também é feito com a semente do cupuaçu, que, antes da iniciativa, era desperdiçada.

“O projeto não para por aí. A intenção é ir para outras culturas, como castanha-do-pará, açaí, azeites e óleos da Amazônia”, sinalizou Blanez, durante painel do AGROtic 2023, evento realizado pelo Tele.Sintese em parceria com a ESALQTec.

“O cacau e o cupuaçu são apenas o primeiro passo de uma iniciativa que visa a agregar valor a produtos da região”, complementou.

O diretor da NEC explicou que os laboratórios funcionam como biofábricas. As populações locais recebem treinamento e capacitação para operar os equipamentos e produzir os alimentos. O chocolate e o cupulate (espécie de “chocolate” derivado do cupuaçu), em seguida, são comercializados como itens de alto valor agregado.

“Antes, o produtor fazia a colheita das amêndoas e basicamente vendia o produto bruto a um valor muito baixo, porque não havia processamento algum. O objetivo desse projeto é levar a Indústria 4.0 à Amazônia, automatizar o processamento e valorizar os sabores da região”, afirmou.

Segundo o diretor, ao ganhar capilaridade, os produtos podem chegar a outros mercados.

“A Amazônia, hoje, é um tópico global. O produto pode ser exportador como chocolate silvestre da região, além de ganhar valor extra por seguir padrões de sustentabilidade”, pontuou.

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