Novo ataque contra base da PM aumenta o clima de tensão em São Paulo

A base da Polícia Militar atacada desta vez fica na zona norte de São Paulo. Dois criminosos em uma motocicleta roubada passaram em frente ao local e efetuaram diversos disparos contra os policiais. A unidade conta com vidros blindados. Houve troca de tiros e, após localizarem os infratores, que tentaram fugir, as equipes da Força Tática iniciaram um acompanhamento. Os criminosos abandonaram a moto e continuaram a fuga a pé. Na sequência, dispararam contra os militares. Um deles foi atingido e acabou morrendo no hospital. O outro continua foragido. A ocorrência está sendo registrada no 73º Distrito Policial e no Plantão de Polícia Judiciária Militar.

O contexto deste ataque ainda está sendo apurado pela polícia, mas, em grupos de WhatsApp dos policiais militares, há preocupação com este novo enfrentamento de criminosos a uma base da PM. Esta coluna já trouxe a informação, que 11 dias atrás, no Guarujá (SP), uma outra unidade da Polícia Militar sofreu com disparos de arma de fogo. Por sorte os tiros não acertaram nenhuma pessoa, somente o prédio. Mas a porta de vidro da base estourou. Ao averiguar as câmeras de monitoramento, foi visto que dois homens em uma moto foram os autores do ataque contra o lugar. O que chamou a atenção na imagem foi que os possíveis autores não usavam capacetes como forma de preservar o rosto.

O receio com esses ataques se dá, depois que uma carta foi descoberta na unidade de Paralheiros, na zona sul da capital paulista, revelando um plano para que lideranças do PCC identifiquem endereços de policiais penais num possível plano de execução. Como esta coluna trouxe com exclusividade aos leitores, a motivação para coordenar uma possível nova onda de enfrentamentos, seria por represálias a uma série de restrições que o principal líder da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, tem sofrido na Penitenciária Federal de Brasília, sendo mantido em alas isoladas por desrespeitar ordens dos policiais penais na unidade.

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A tensão é que haja uma escalada de ataques contra as forças de segurança, como aconteceu em 2006, com uma série de disparos contra bases das polícias e bombeiros, além de casas de agentes penitenciários e policiais de folga, provocando diversas mortes. Na época, a Ouvidoria da Polícia afirma que 493 pessoas morreram na onda de terror, mas até hoje não há um número oficial de vítimas.