O Bitcoin não é a única opção: portfólios diversificados de criptomoedas são tendência no mundo dos investimentos

O Bitcoin é a face mais conhecida do mercado das criptomoedas, mas os investidores experientes sabem que, para mitigar o risco em um ambiente tão volátil como o cripto, é essencial ter um portfólio diversificado. Em 2018, a volatilidade anual do Bitcoin foi próxima de 90%. Em 2023, é de 65%, uma queda de mais de 26 pontos em apenas 5 anos. Para compreender a origem da volatilidade, devemos saber as razões pelas quais uma criptomoeda adquire determinado valor. O preço do Bitcoin flutua influenciado pela oferta e demanda, pela opinião de investidores e usuários, pelas regulamentações governamentais e, até mesmo, por sentimentos expressos na mídia e nas redes sociais. Em essência, o Bitcoin não tem outro valor além daquele que o mercado lhe atribui.

Para combater essa instabilidade, o mercado tem oferecido novas soluções, e os investidores têm criado carteiras de investimentos variadas para evitar grandes perdas. E os brasileiros parecem conhecer bem essa estratégia: segundo dados da Receita Federal, os usuários têm feito transações utilizando pelo menos 52 criptomoedas que não o Bitcoin, atingindo um volume de R$ 13 bilhões por ano. 

Outras opções além do Bitcoin

No Brasil, dados fiscais mostram que as stablecoins mais negociadas são o USDT (Tether) e o USDC, ambas atreladas ao dólar norte-americano, assim como o BRZ, que é atrelado ao real brasileiro. Somam-se a essas alternativas as criptomoedas de última geração lastreadas em ativos reais e, portanto, mais estáveis ​​do que aquelas baseadas apenas na oferta e na demanda. A Unicoin, por exemplo, é respaldada por imóveis que juntos atingem um valor total estimado de mais de US$ 1,3 bilhão e ações de empresas com potencial para atingir uma avaliação de US$ 1 bilhão. Além disso, a Unicoin oferece a oportunidade de utilizar imóveis de forma direta na aquisição de criptomoedas, pagando 140% do valor de avaliação do imóvel em unicoins. Oportunidades como essas podem ser uma opção para investidores imobiliários que desejam obter ativos com maior liquidez ou negociar propriedades que não estão gerando a rentabilidade esperada. 

Dicas para construir um portfólio de criptomoedas diversificado 

Um portfólio cripto diversificado se constrói com a aquisição de diferentes tipos de criptomoedas, apropriadas para distintos usos e com níveis de risco variados, segundo os objetivos de cada investidor. A opção por comprar criptomoedas que estão no Top 20 das mais conhecidas e com boa capitalização de mercado é adequada para quem deseja um retorno de investimento modesto com riscos reduzidos. É claro que esta estratégia exclui as stablecoins, já que este tipo de ativo foi projetado justamente para manter seu valor devido à paridade com a moeda fiduciária e, portanto, não prioriza o lucro. A segunda opção depende do uso que se deseja dar ao ativo. Há criptomoedas de pagamento que oferecem a possibilidade de transações rápidas e de baixo custo em qualquer lugar do mundo, por exemplo; ou plataformas financeiras descentralizadas (DeFi), que oferecem alternativas de blockchain aos serviços financeiros tradicionais, além de moedas criadas para impulsionar videogames baseados em blockchain; outras oferecem transações impossíveis de rastrear. Diante de tanta variedade, pode ser interessante adquirir um pouco de cada uma para explorar suas possibilidades. 

Também é possível diversificar seu portfólio dedicando uma porcentagem a criptomoedas com um amplo potencial de crescimento. Mas não qualquer moeda: no caso da Unicoin, além de contar com respaldo, a criptomoeda disponibiliza relatórios públicos e seus criadores não são anônimos, o que favorece a transparência. Há muitos caminhos para armar um portfólio diversificado, mas isso não acontece da noite para o dia: cada investidor deve fazer sua própria pesquisa e definir objetivos. O importante é lembrar que você nunca deve colocar todos os ovos na mesma cesta.