Oi: Plano de recuperação sai antes dos resultados de 2022

A Oi informou ao mercado no feriado de Tiradentes, sexta-feira, 21 de abril, que adiou a divulgação dos resultados de 2022. A operadora é a única companhia aberta do setor no Brasil que ainda não apresentou os dados de desempenho do ano passado. A divulgação aconteceria no dia 24 de abril, mas foi adiada em quase um mês, para 22 de maio.

A empresa destaca no comunicado enviado à CVM, que a publicação das planilhas do ano passado vai ocorrer “após a data prevista para o protocolo do seu Plano de Recuperação Judicial”

A empresa diz que a elaboração do plano está avançando, em função da assinatura do contrato de empréstimo de US$ 275 milhões em 21 de abril. Resta “pendente apenas a formalização da documentação definitiva do acordo de apoio à reestruturação e lock-up previamente acordado com tal grupo de credores financeiros”, diz.

Dados preliminares

A fim de lidar com as especulações do mercado financeiro, a Oi decidiu apresentar dados preliminares que deverão constar no balanço de 2022 a ser apresentado no fim de maio, conforme abaixo:

Cristiane Barretto Sales, CFO da empresa, diz que estes dados ainda podem mudar até a divulgação no aviso À CVM. “A Oi ressalta que tais informações são preliminares e ainda não foram concluídos os trabalhos conduzidos pela administração e pelos auditores independentes da Companhia”.

Os dados preliminares apontam para crescimento da Oi em 2022, em relação a 2021, quando a receita foi de R$ 10,48 bilhões. Alta nas receitas, portanto, de 16%. Em compensação, o EBITDA (lucro antes de impostos, juros e amortizações) despencou 61% em 2022, se comprado ao EBITDA de 2021, que foi de R$ 5,5 bilhões.

A posição apertada de caixa pouco mudou, apesar da venda de ativos acorrida em 2022. Em 2021, a empresa tinha reserva de R$ 3,11 bilhões (ao fim de 2022, eram R$ 3,22 bilhões, como indica a tabela acima). Em 2021, vale lembrar, embora não tivesse ainda concluído a venda da Oi Móvel e da V.tal, a empresa já separava as receitas entre operações continuadas e as operações descontinuadas. A companhia não divulgou nos dados preliminares para permitir a comparação, mas em 2021 as operações continuadas tiveram prejuízo de R$ 9,55 bilhões.

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