Operação da polícia do RJ na Maré resultou em prejuízo de R$ 18 milhões ao tráfico e 12 presos

A Operação Maré chegou ao segundo dia e causou um prejuízo de R$ 18 milhões ao tráfico de drogas e resultou na prisão de 12 pessoas em dois dias. A operação foi desencadeada nesta segunda-feira, 9, depois de investigações policiais mostrarem que criminosos da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, usavam um espaço público de lazer para treinar seus homens em táticas de guerrilha. Segundo o governo do Rio de Janeiro, a segunda etapa da ação, executada nesta terça-feira, 10, foi deflagrada nas comunidades da Vila do Pinheiro, Tijolinho, Timbau, Baixa do Sapateiro, Fogo Cruzado, Salsa e Merengue, Vila do João e Conjunto Esperança, além da Cidade de Deus. Foram 98 veículos apreendidos em dois dias, além mais de meia tonelada maconha e drogas sintéticas apreendidas. Foram apreendidos três fuzis, duas pistolas, dois simulacros, dezenas de artefatos explosivos e diversos rádios comunicadores. As forças de segurança localizaram um laboratório de refino de drogas e fabricação de explosivos no Complexo da Maré (Parque União) e um local utilizado para armazenamento de medicamentos, drogas e material para preparo, na Nova Holanda. Foram retiradas ainda 39 toneladas de barricadas na Maré. A ação também ocorre nas unidades prisionais. De acordo o governo, os bloqueadores de sinal seguem ativados nos presídios. Foram 58 aparelhos celulares apreendidos em Bangu 3 e Bangu 4, além de 1 kg de entorpecente em ação de vistoria nos presídios.

A atividade de inteligência das forças de segurança detectou a migração dos chefes de organizações criminosas para a Cidade de Deus e para a Vila Cruzeiro, segundo explicou o governo fluminense. Por isso foi necessário expandir o território de atuação do Complexo da Maré, local inicialmente focado pela operação. As autoridades já haviam anunciado que ações poderiam ser realizadas também em outras comunidades. Não há participação de forças de segurança federais e os agentes foram cumprir pelo menos 100 mandados de prisão. Entre os alvos estão Wilton Carlos Rabelho Quintanilha (Abelha) e Edgar Alves de Andrade (Doca). Também foi encontrado um laboratório de refino de drogas e fabricação de explosivos na Maré, como informou o governo estadual.