Oposição vê projeto de anistia ser enterrado após explosão e morte no STF

Após um homem se explodir nas proximidades do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta quarta-feira (13), os parlamentares de oposição já estão vendo o PL da anistia perder força no Congresso Nacional. Encaminhado para uma comissão especial na Câmara dos Deputados, o texto esteve muito perto da votação, mas passou por uma mudança após determinação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Relatos de pessoas que estavam na Praça dos Três Poderes dão conta de que foram ouvidas fortes explosões em diferentes locais na Esplanada dos Ministérios.

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A cena trouxe novamente para a discussão os atos do 8 de janeiro. O assunto dominou o debate na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Parlamentares ouvidos por esta coluna revelaram que o projeto pode perder força pelo fato de a base governista usar o episódio como “cavalo de batalha”.“Podem dizer que aconteceu em razão de intolerância, tem que ser apurado. Tem que ter uma apuração séria, o que talvez não aconteça”, disse um deputado.Para um líder bolsonarista, o caso é prato cheio para quem é contra a anistia.“Óbvio que quem não quer anistia vai especular pra prejudicar”, afirmou.

Outros parlamentares ainda citam, de forma reservada, que é muito cedo para cravar o enfraquecimento do projeto, mas que prejudicará a discussão.Conhecido popularmente como “TIÜ FRANÇA”, o homem identificado como Francisco Wanderley Luiz já foi candidato a vereador de Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal em 2020. Nas redes sociais, bolsonaristas defendem que o ex-presidente Jair Bolsonaro não estava no PL em 2020, quando Tiu França disputou a eleição.“Loucos existem em todos os lados. Desde um PSOLISTA que esfaqueia um presidenciável até um filiado ao PL que se explode.

Agora a manchete será ‘Bolsonarista terrorista…’, mas a realidade é que entramos no partido em 2021. Não ignorem a cronologia dos fatos”, disse o senador Jorge Seiff (PL-SC).A Polícia Federal informou que vai abrir um inquérito para apurar os ataques. “Foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição, que estão conduzindo as ações iniciais de segurança e análise do local”, disse a PF, em nota.