Padre Kelmon rebate piadas sobre vida religiosa: ‘Virou normal destruir a reputação de alguém’

Nesta terça-feira, 25, o programa Pânico recebeu o ex-candidato à Presidência da República, Padre Kelmon. Em entrevista, ele relembrou os questionamentos envolvendo o seu passado como religioso e as piadas que a senadora Soraya Thronicke fez ao chamá-lo de “padre de festa junina”. “É o mal hábito de julgarem e condenarem que se faz hoje. Parece que virou normal fazer isso com a reputação de alguém, vamos destruir a reputação de alguém quando não queremos que falem o contrário do que a gente pensa”, disse. Kelmon Sousa contou que não deixou de ser padre com o fim das eleições e que hoje coordena uma paróquia em Salvador. “Eu estou em Salvador, na Bahia. Eu sou padre em todos os ambientes e lugares. Não estou fazendo teatro e não sou personagem, como muitos políticos fazem. Sou padre aqui nesse programa, na Avenida Paulista, por 24 horas. Não é uma profissão, é uma vocação e um chamado. A gente acredita que Deus nos convida, ser candidato não me tira meu caráter sacerdotal”, pontuou.

O religioso fez questão de relembrar a formação do Brasil com cristãos portugueses e afirmou que tinha a prerrogativa de se candidatar para a Presidência. “O Estado é laico, mas o povo que forma o Estado é cristão. Aí que está o problema. Nós temos uma identidade, nossa nação é fundada com o alicerce do cristianismo. São Paulo, que é uma metrópole, no Pateo do Collegio nasceu a cidade de São Paulo. Foram os padres que vieram de Portugal, evangelizaram, catequizaram. São Paulo nasceu a partir da ação de um padre. Se temos uma raiz e uma identidade cristã, por que não vamos preservar tudo isso? O povo não é laico”, afirmou. “Um sacerdote político pode fazer muito ao seu povo, o padre é convidado a servir o povo. Eu tenho o dever moral de colocar a função do Executivo também a serviço da comunidade, é o meu dever, eu não posso rasgar isso. Por isso o padre tem essa prerrogativa”, concluiu.