Parlamentares pressionam Meta, Apple, Google e outras sobre doações para Trump
Os senadores democratas estadunidenses Elizabeth Warren, de Massachusetts, e Michael Bennet, do Colorado, estão pressionando grandes empresas de tecnologia a explicarem suas motivações por trás das contribuições ao fundo de posse do presidente eleito Donald Trump, segundo informações do The Verge.
Em cartas enviadas à Amazon, Apple, Google, Meta, Microsoft, OpenAI e Uber, os parlamentares expressaram preocupação de que essas doações possam ter sido feitas para “evitar escrutínio, limitar regulamentações e conquistar favores”.
Nas últimas semanas, Google, Microsoft, Apple – por meio de seu CEO, Tim Cook –, Meta, Amazon e o CEO da OpenAI, Sam Altman, doaram US$ 1 milhão cada para a posse de Trump, que acontece nesta seguda-feira (20). A Uber e seu CEO, Dara Khosrowshahi, também contribuíram com US$ 1 milhão cada. Muitos desses executivos já se reuniram com Trump, e o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, estaria organizando uma festa de inauguração para o presidente eleito, segundo o The New York Times.
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Essas doações superam os valores que a maioria dessas empresas ofereceu para o fundo de posse do presidente Joe Biden em 2021. Um registro na Comissão Federal Eleitoral mostra que a Uber doou US$ 1 milhão para o evento de Biden, seguida pela Microsoft com US$ 500 mil, Google com US$ 337.500 e Amazon com US$ 276.509. A Apple contribuiu com apenas US$ 43.200, enquanto Meta e OpenAI não fizeram nenhuma doação.
Nos textos enviados às empresas, os senadores Warren e Bennet destacaram o escrutínio regulatório imposto às grandes empresas de tecnologia pelo governo Biden. “Vocês têm um claro e direto interesse em obter favores do novo governo: sua empresa e muitas outras doadoras de Big Tech já são alvo de investigações federais e ações regulatórias em andamento”, escreveram os parlamentares. “Essas doações levantam questões sobre corrupção e a influência do dinheiro corporativo no governo Trump, e o Congresso e o público merecem respostas.”
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