PMEs estão no radar da área de software da Siemens

Bons profissionais técnicos, oportunidade educação, grandes indústrias, recursos naturais e perspectiva cultural. Esses são os ingredientes da receita de sucesso para a divisão de software da Siemens no Brasil e na América Latina. Ao menos essa é a opinião de Del Costy, vice-presidente sênior e diretor da Siemens Digital Industries Software nas Américas.

“Nós estamos em diversas indústrias e com novas tecnologias, como nosso software de desenvolvimento de aplicativos de low code nos permite trabalhar em diferentes verticais. Isso permite que sejamos flexíveis e nos adaptemos ao perfil de cada usuário e suas necessidades, nos expandindo a quase todas as verticais”, resume o executivo em entrevista ao IT Forum.

Um dos focos da empresa, inclusive, são as pequenas e médias empresas. Principalmente por meio dos recursos e tecnologia em nuvem, a democratização do software se torna mais fácil pois não há mais as barreiras de entrada anteriores. “Estamos buscando os softwares abertos, que podemos conectar sistemas legadas e trazer um ambiente adaptativo. Por isso, posso criar um ambiente flexível e adaptar aplicativos. Se o cliente é uma PME, não importa”, completa Del Costy.

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Para buscar essa capilaridade, complementa Renata Sampaio, diretora de alianças e vendas de canais da Siemens Digital Industries Software, o trunfo é o trabalho com parceiros de canais. “Nós precisamos dos canais para ter capilaridade. Não há nenhuma companhia no Brasil que consiga chegar a todos os clientes sozinha. Com os parceiros, podemos estar em todo o território brasileiro e em outros países. Nós sempre estamos muito próximos deles, nós os ajudamos com a nossa equipe técnica e às vezes eles nos ajudam também.”

As vendas diretas no Brasil, hoje, são feitas para contas estratégicas, mas a grande parte dos negócios é feitas através dos canais. “isso é ótimo porque se você olhar para o mundo hoje, mesmo em uma pequena e média empresa, a complexidade aumentou muito com o produto, a fabricação e a quantidade de dados. É difícil para qualquer empresa. Por isso temos a ideia ecossistema, porque posso precisar usar alguns parceiros de canais diferentes, por exemplo”, revela ela.

Além dos canais, Del Costy aposta em educação para crescer na região. Para ele, é muito importante treinar a próxima geração de talentos de força de trabalho – mostrar a eles quais as tecnologias que estão disponíveis para beneficiar a cultura na qual esses alunos crescerão.

“Muitas pequenas e médias empresas começam seu relacionamento estreito com o meio acadêmico. Então, queremos ter a cobertura de ambos. E esse é outro motivo, nossos parceiros de ecossistema são tão importantes para a área sobre a qual falamos com o desenvolvimento de aplicativos, fazendo com que os aplicativos sejam construídos mais rapidamente”, revela ele.

Apesar de não revelarem detalhes sobre os próximos passos da Siemens no Brasil, Renata afirma que podemos esperar mais da empresa nos próximos dois anos. Segundo ela, terão outras empresas e crescimento de portfólio para ajudar os clientes em novos desafios que surgirão.

“As tecnologias de manufatura são muito fortes aqui, mas como eu disse antes, acho que essa área de desenvolvimento de aplicativos vai receber muita atenção aqui no mercado. Já estamos vendo isso e acho que será uma coisa empolgante daqui para frente. Acho que sempre focamos também na indústria que temos principalmente aqui no Brasil e na América do Sul. Por exemplo, para o Brasil, todas as empresas de energia que são renováveis. Aqui temos vento, temos água, temos energia solar e provavelmente teremos outras. E tecnologia de simulação é muito boa para isso”, exemplifica Renata.