Polícia Federal recaptura detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró

A Polícia Federal anunciou nesta quinta-feira (4) que recuperou os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos estavam escondidos em Marabá, no Pará, a cerca de 1.600 km da cidade potiguar. Os dois conseguiram escapar do presídio em 14 de fevereiro e ficaram 50 dias foragidos. Originários do Acre, eles estavam na penitenciária potiguar desde setembro de 2023 e fazem parte do Comando Vermelho, uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Os detentos conseguiram fugir ao abrir um buraco atrás de uma luminária na prisão e cortar duas cercas de arame utilizando ferramentas de uma obra em andamento no local. Esta foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal.

Durante a fuga, a dupla manteve uma família como refém, foi avistada por moradores de várias comunidades, se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna. As investigações sugerem que eles possam ter recebido ajuda de membros do Comando Vermelho durante o tempo foragido. O Ministério da Justiça afirmou que houve falhas nos procedimentos, mas descartou corrupção de agentes. Um relatório da corregedoria-geral da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) apontou que as falhas ocorreram nos procedimentos de segurança carcerária. As celas dos fugitivos ficaram sem revista por pelo menos 30 dias, levando à abertura de apurações contra dez servidores.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Essa fuga, a primeira registrada no sistema desde sua criação, em 2006, deixou Ricardo Lewandowski exposto. Ele havia assumiu o Ministério da Justiça apenas 13 dias antes da fuga. Mais de 600 policiais, incluindo cem da Força Nacional, foram mobilizados na operação que contou com o uso de helicópteros e drones. Apesar dos esforços intensivos, os fugitivos conseguiram cruzar a fronteira do Rio Grande Norte. Foram gastos quase R$ 2 milhões na ação.