‘Política de Bolsonaro para o ensino superior foi de pancadaria, e isso teve custo político muito alto’, diz Serrão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quinta-feira, 19, reitores de universidades e institutos federais no Palácio do Planalto. Lula prometeu um “novo momento” na relação entre o governo federal com os institutos.  Durante o encontro, o presidente disse que sua gestão voltará a investir no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), com o objetivo de subsidiar as mensalidades em universidades privadas. O programa foi criado em 1999 pelo Ministério da Educação (MEC). Durante o programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quinta-feira, Jorge Serrão citou a relação conflituosa entre o setor e o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que o custo político foi bastante alto. “Jair Bolsonaro sempre adotou um discurso muito pesado contra a turma das universidades. Faltou uma capacidade maior de gestão e diálogo a área educacional. A política para o Ensino Superior foi de pancadaria com as universidades. Isso teve custo político muito grande para o Bolsonaro”, analisou Serrão. “Você precisa estabelecer discussão séria sobre o papel dela, sobre os custos o que ela tem que ter sobre visão estratégica”, completou.

Para Serrão, as universidades precisam adotar um modelo onde o foco não seja somente na formação de mão de obras, mas que também pense em novas tecnologias. Na sua visão, Lula deixou claro que a Educação precisa ser prioridade. “Outra ponta fundamental para o crescimento e desenvolvimento se chama Ciência Tecnologia. Em tese, as universidades fazem esse trabalho. Na prática estamos muito longe. As nossas universidades, tanto publicas como privadas, estão distante do que o Brasil precisa. Tinha que haver uma integração entre empresas e universidades, não só para formar mão de obra, mas para pensar novas tecnologias. O nível educacional de quem chega na universidade hoje é muito baixo. A sociedade brasileira tem que entender que a educação é a prioridade. Lula fez um discurso onde ele mostrou que a educação tem que ser prioridade. A missão dele é fazer esse discurso virar prioridade real, na prática”, analisou.