Por que investir no exterior? Confira 5 motivos

Olá, muito prazer, sou William Castro Alves, economista e cidadão global. Meu objetivo com essa coluna é ajudar as pessoas a terem uma vida financeira global, começando pelo tema: por que investir ou ter poupança em dólar nos Estados Unidos? Mudar ou começar algo é sempre uma tarefa que exige de nós certo esforço é uma tarefa árdua. Começar a dieta na segunda-feira, a preparação para um teste, construir algo etc. Para isso, temos de nos habituar a novos conceitos, uma forma diferente de funcionamento das coisas, nos adaptar às diferentes realidades. Isso tudo faz com que nos questionemos: será que vale a pena, qual o motivo, por que estou fazendo isso? E é tão mais fácil procrastinar, não é verdade? Mas nos investimentos a procrastinação cobra seu preço, afinal “Time is Money” e, cada dia a menos investindo, custa-lhe juros ou rendimentos que poderiam ter sido auferidos e não foram. Se você não tem certeza sobre essa ideia de “internacionalizar” parte dos seus investimentos, vou te dar cinco motivos para começar. Confira abaixo:

1. Diversificação de Mercados

Este é um princípio básico na hora de realizar seus investimentos. A ideia de não colocar os ovos na mesma cesta. O mercado financeiro é composto por diferentes classes de ativos financeiros – bonds (títulos de renda fixa), fundos de investimento, títulos do Tesouro, commodities, ações etc. Os que já investem no Brasil aprenderam que cada um desses investimentos possui características de risco e de retorno esperado distintas. Você pode montar uma carteira diversificada entre eles. Mas o que ocorre quando temos um evento negativo inesperado sobre o local onde seu dinheiro está investido? Por exemplo, um escândalo político, uma guerra que eclode, ou ainda uma catástrofe natural? A tendência é que essas diferentes classes de ativos sofram e, mesmo uma carteira diversificada, mas composta de ativos de um único país, tende a sofrer. A questão é: você não está bem diversificado se os seus recursos estão todos atrelados aos ativos de uma única economia.

2. Melhor balanço de Ativos x Passivos

Você já parou para pensar o quanto do seu consumo hoje em dia é dolarizado? Ou seja, quanto do seu consumo sofre maior ou menor influência decorrente das oscilações do real frente ao dólar? Celular, TV, roupas, tênis, viagens ao exterior, gasolina, óleo de soja, carnes, farinha de milho. Todos eles são em maior ou menor medida afetados pela oscilação da moeda norte-americana. Por isso, quando o dólar sobe, acabamos sentindo diretamente em nosso bolso. Todos esses passivos (despesas) dolarizadas precisam ter uma equivalência de ativos dolarizados. Por isso, para manter nosso poder de compra precisamos ter ativos dolarizados.

3. Número maior de opções

Você é um entusiasta de energia limpa? Você acredita na Biotecnologia? Você é defensor de alimentos orgânicos? A lista poderia seguir de lojas de vídeogames a grandes empresas de petróleo. Há um mundo de opções de investimentos através do mercado americano, para os mais diversos perfis e objetivos. Ao acessar o mercado americano você vai encontrar milhares de opções de investimentos, das mais conservadoras até aquelas com algum risco.

4. Investir em economias emergentes representa um risco elevado em contexto global

Países como Colômbia, Brasil, África do Sul, Romênia, Filipinas, entre outros, possuem diversas dificuldades e incertezas econômicas. Suas economias não são maduras ou desenvolvidas o suficiente e, por isso, apresentam riscos elevados para qualquer investidor. Pode soar estranho, mas, para investidores estrangeiros e agências que medem o risco de se investir em diferentes mercados, países como Vietnã, Macedônia, Paraguai e Brasil se assemelham em termos de risco. Para alguém que olha de fora, investir todos seus recursos nesses mercados com suas diversas incertezas é algo extremamente arriscado. O que você sentiria se fosse oferecida a opção de investir toda sua poupança em um desses países? Arriscado?

5. Maior segurança e desempenho

O mercado americano de capitais é o maior e mais desenvolvido do mundo. A Bolsa americana NYSE foi fundada em 1817, ou seja, é um mercado com mais de 200 anos de existência, suas instituições sólidas e suas leis serviram de base para diversos mercados pelo mundo. Não obstante, em termos de desempenho, o crescimento econômico observado nos EUA foi traduzido em valorização das ações, com empresas que pagam dividendos aos seus acionistas por mais de 100 anos, por exemplo.

Ao longo dessa coluna vamos falar mais desses motivos e das vantagens de se ter uma vida financeira global. Me acompanhe nessa jornada. E me siga no X, antigo Twitter, e no Instagram: @willcastroalves.

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*William Castro Alves é economista e, atualmente, estrategista-chefe e sócio da Avenue. Ao longo da carreira, atuou no Koliver Merchant Bank, no Banco Alfa, na XP Investimentos e na VGR Gestão de Recursos. Estreia nesta segunda-feira a sua coluna no portal da Jovem Pan sobre finanças e investimentos globais.