‘Por que Torres continua preso e G. Dias, que estava servindo água, está solto’, questiona Júlia Zanatta sobre 8 de Janeiro

Nesta segunda-feira, 24, o programa Morning Show recebeu a deputada federal Júlia Zanatta. Em entrevista, ela questionou os vídeos divulgados nos bastidores das invasões do dia 8 de Janeiro e comparou Anderson Torres e Gonçalves Dias. “[O 8 de Janeiro] Não está sendo tratado com isonomia. Por que o Anderson Torres, que estava fora do país, continua preso, e o G. Dias, que estava servindo águas e abrindo portas para o que eles chamam de terroristas, não?”, questionou. Zanatta rebateu fala de petistas que afirmam que, pela transição do governo, militares do GSI faziam parte da seleção do ex-presidente Jair Bolsonaro na ocasião das depredações. “Ao meu ver, você não serve água para terroristas. O governo Lula e sua cúpula chama todo mundo de terroristas, enquanto o GSI foi nomeado pelo Lula, e G. Dias é de confiança do Lula. Ninguém nomeia GSI sem ser de confiança. Estava servindo água para os terroristas, como funciona isso?”, acrescentou.

A parlamentar ainda deu detalhes sobre as visitas que fez ao presídio da Colmeia, no Distrito Federal, onde estão as mulheres presas pelos atos do dia 8 de Janeiro. “Foi muito triste olhar no olho daquelas mulheres, né? Sentir tudo que elas estavam vivendo. Sem muitas vezes acesso ao processo. Existem pessoas que continuam lá presas”, espantou-se. “Contei essas histórias porque essas pessoas viraram números. Tem mil presos, tem não sei quantos presos. Eu contei a história, por exemplo, de uma cabeleireira de Joinville. Essas pessoas deixam de ser números, né? A gente conta a história delas, as pessoas entendem. Sou advogada e também sou deputada federal, acho tudo muito bizarro. No meu entendimento, muitas prisões são ilegais”, concluiu.

Confira a entrevista com Júlia Zanatta na íntegra