Presidente turco visita áreas atingidas e reconhece ‘deficiências’ na resposta ao terremoto

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, visitou nesta quarta-feira, 8, Kahramanmaras – lugar que foi o epicentro do terremoto que atingiu a Turquia e a Síria na segunda-feira e já deixou mais de 11.700 mortos, sendo a maioria do lado turco. Ele admitiu que houve “deficiências” na resposta ao terremoto que abalou seu país e a Síria. “Claro, há deficiências, é impossível estar preparado para uma catástrofe dessas”, disse o chefe de Estado, que visitou a província de Hatay (sul), uma das mais afetadas, na fronteira com a Síria. Autoridades e médicos disseram que 9.057 pessoas morreram na Turquia, e 2.662, na Síria, vítimas do terremoto de magnitude 7,8. Este número pode dobrar, se os piores cenários previstos pelos especialistas se confirmarem.  Esse reconhecimento vem em meio ao aumento às críticas ao governo de Erdogan vem aumentando por causa da ausência de ajuda em algumas regiões afetadas. “Acho que meus cidadãos, que sempre foram pacientes, seguirão sendo. Sob a coordenação da Afad (agência turca de emergências), o governo está aqui”, garantiu Erdogan, que está em período pré-eleitoral, já que haverá pleito na Turquia em maio deste ano.

“No primeiro dia, houve alguns problemas, mas no segundo e hoje, as coisas estão sob controle. Começaremos a retirar os escombros, e nosso objetivo é reconstruir as casas de Kahramanmaras e das outras cidades no prazo de um ano”, prometeu. Apesar de 60 mil integrantes de equipes de resgate estarem mobilizadas na Turquia, nas regiões mais afetadas, a devastação é tamanha e as áreas tão amplas, que ainda há lugares que não chegaram qualquer ajuda. Muitas pessoas descrevem a situação no país como dramática, devido ao inverno rigoroso, com falta de serviços e bens básicos, incluindo a interrupção do fornecimento de água, energia elétrica, também da calefação, assim como falta de combustível e de medicamentos. “Algumas pessoas desonestas e sem honra publicaram declarações falsas como a de que ‘não vimos soldados, nem policiais’”, na província de Hatay, reclamou Erdogan. “Nossos soldados e nossos policiais são gente honrada. Não permitiremos que pessoas pouco recomendáveis falem deles dessa maneira”, afirmou. O presidente turco disse que 21.000 membros do pessoal de resgate foram mobilizados apenas na província de Hatay.

*Com informações de agências internacionais