Produtividade e segurança crescem juntas na nova era da Inteligência Artificial
Da gestão digital de documentos a chatbots, recursos tecnológicos com inteligência artificial (IA) embarcados têm exercido forte impacto na forma como as empresas conduzem seus negócios. Esse cenário já estava em uma evolução exponencial durante a pandemia de Covid-19, mas no último ano a democratização no acesso à IA Generativa por meio dos modelos GPTs tem acelerado ainda mais a aplicação dos diversos tipos da tecnologia em enésimas empresas.
E, quando falamos em IA, podemos segmentar em duas vertentes, a IA focada em produtividade e a revolucionária. A primeira permite ganhos rápidos para uma empresa, com ganhos na casa dos 20% a 40% de produtividade. Já a IA revolucionária proporciona maior potencial porque é onde surgem novas linhas de receita, produtos, negócios e até novas indústrias, sendo assim são cenários com maior risco e possibilidades exponenciais.
Do lado da produtividade, a pesquisa global AI Snapshot, divulgada pela Salesforce em fevereiro de 2024, oito em cada dez dos usuários brasileiros de IA generativa (81%) afirmam que a produtividade aumentou com o uso da mesma, taxa superior à média global de 71%. De fato, ao trabalhar durante os últimos 15 anos no mundo da TI, pude observar o suficiente para afirmar que entramos em uma nova era da tecnologia, a era da democratização no acesso à inteligência artificial.
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Neste contexto, independente se estamos falando de projetos de IA revolucionária ou de produtividade, a cibersegurança se transformou em uma questão fundamental para o setor corporativo de uma forma geral, uma vez que de um lado as empresas apostam na inovação para se manterem competitivas, do outro criminosos também aperfeiçoaram suas competências tecnológicas para tirarem o máximo de proveito possível.
Com isso, os ataques cibernéticos estão crescendo em ritmo acelerado, fato que coloca em risco os dados confidenciais, a infraestrutura e a reputação das companhias. Ou seja, quando falamos em um ambiente seguro para as instituições da nova era da IA, estamos nos referindo diretamente à proteção de dados que elas possuem.
Em janeiro de 2024, pesquisadores de cibersegurança descobriram o que chamaram de “A Mãe de Todos os Vazamentos” (MOAB em inglês), ou seja, o maior vazamento de dados da história que expôs 26 bilhões de registros de usuários na esfera global. No episódio, empresas brasileiras também foram afetadas. Diante desse cenário complexo, como fazer com que a produtividade e a cibersegurança evoluam juntas nas operações?
O primeiro passo é entender que a IA já está presente nos processos mais simples como troca de e-mails, revisão de documentos e reuniões, com o potencial de resumir conteúdos, produzir atas, filtrar informações, entre muitas outras atividades corriqueiras que, quando automatizadas, podem eliminar as tarefas manuais e aumentar a produtividade. Porém, a cibersegurança também começa nesses detalhes.
Por isso, é preciso que toda a operação tenha regras bem definidas quanto às boas práticas de proteção de dados, disponibilizando-as de forma clara e direta para todos os colaboradores. Além da conscientização da equipe, é necessário ter também um sistema de gerenciamento de identidade e acesso. Ou seja, cada funcionário só deve ter a chave das portas que ele necessita abrir.
Outro passo importante é a configuração das tecnologias aplicadas na operação para estarem em conformidade com as regras e políticas da sua empresa: regras de proteção e exposição da informação, de marcação de dados sensíveis, de compartilhamento com pessoas de dentro e de fora da empresa e de novos documentos criados.
Por fim, é essencial monitorar constantemente o ambiente de trabalho para verificar se os funcionários estão tirando todo o potencial dos recursos de produtividade, com baixa exposição a vazamento de dados e acessos indevidos. Dessa forma, a produtividade e a segurança caminham lado a lado.
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