Professor Jubilut diz que interesse da Europa pela Amazônia é conveniência: ‘Estão onde o gelo derrete’

Nesta sexta, 2, o programa Pânico recebeu o biólogo Paulo Roberto Jubilut. Conhecido pelo seu conteúdo online como Professor Jubilut, ele falou sobre sustentabilidade, meio ambiente e a preservação da Amazônia. “ara a pauta ambiental são 50 trilhões de dólares para ser investido, de bancos mesmo É uma tendência do mundo se tornar verde, quando você dança essa música você consegue investimento. Fundo Amazônia, por exemplo. Quando você diz que vai proteger a Amazônia, porque a Noruega está tão preocupada com a Amazônia? A Noruega está lá na ponta onde está derretendo o gelo. São interesses, óbvio. O dinheirinho é troco, merreca. Cabe a nós como país se impor. Você vai dar uma grana, mas a música que toca aqui é a nossa, vai ser desse jeito”, refletiu. O educador ainda falou sobre o garimpo ilegal na região e afirmou que a atividade não está necessariamente ligada à Presidência da República. “Mudou o governo e o desmatamento continua aumentando. Continua-se praticando garimpo, enfim. Coisa que sempre aconteceu na Amazônia, narcotráfico, você teve um desaparelhamento do Ibama”, disse.

Segundo ele, há resistência na adesão de pautas verdes por motivos como progresso econômico e industrial em países subdesenvolvidos. “A Índia quer crescer, quem causou essa bagunça no clima foi Estados Unidos e União Europeia e agora recentemente a China, mas a China foi rural por muito tempo. A China por muito tempo não influenciou nisso. Como você chega para a Índia, com maior parte da população pobre, e diz que não podem crescer? Pauta verde, não pode produzir gás carbônico, não pode produzir gás carbônico”, pontuou. “Esse é o problema. Cada tribo tem o seu discurso, sua narrativa, todo mundo pensa no seu. Minha previsão é que daqui uns 20 ou 25 anos essa sociedade, do jeito que está, ela vai colapsar. Um exemplo que a gente teve foi a pandemia, agora a gripe aviária chegando no Brasil”, concluiu.