Proposta de Milei sofre revés e ‘Lei Ônibus’ volta à fase inicial

A principal reforma proposta pelo presidente da Argentina, Javier Milei, sofreu um revés nesta terça-feira, 6, por falta de apoio na Câmara dos Deputados. A chamada “Lei Ônibus” voltará a ser discutida do zero em comissão, informaram os palarmentares. O texto-base da proposta “desidratada” já havia sido aprovado na semana passada pela Casa, contudo, ao analisar artigo por artigo, os deputados optaram por retornar à fase inicial. A moção foi solicitada pelo deputado Oscar Zago, líder da bancada governista, e foi acatada pelos outros parlamentares. A deputada opositora Myriam Bregman ressaltou que “isso significa que eles têm que recomeçar do zero. O repúdio popular se fez sentir em todo o país”, prosseguiu, referindo-se aos protestos da semana passada durante o debate.

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“O presidente Javier Milei assumiu em 10 de dezembro de 2023 com a responsabilidade de crescer as forças produtivas da nação, enfrentar a inflação e acabar com o déficit. Com isso, não vai permitir que se perpetue um sistema corrupto e empobrecedor e que isso frustre o futuro de todos os argentinos”, afirma um comunicado divulgado pelas redes sociais da presidência. A “Lei Ônibus” é considerada uma das maiores propostas já debatidas pelo congresso, tendo em vista que inclui a privatização de diversas empresas públicas e regras para o endividamento estrangeiro. Ela é uma das principais apostas do presidente Javier Milei para conter os problemas econômicos do país, que caminha para uma hiperinflação.

Pelo seu perfil no X (antigo Twitter), Javier Milei afirmou que “sabemos que não será fácil mudar um sistema onde os políticos se tornaram ricos, nas costas dos argentinos que se levantam todos os dias para trabalhar. Nosso programa de governo foi votado por 56% dos argentinos e não estamos dispostos a negociá-lo com aqueles que destruíram o país. Há setores da política que resistem a fazer as mudanças que o país precisa e vão tem que explicar para a sociedade o motivo. Vamos continuar com nosso programa com ou sem o apoio da liderança política que destruiu nosso país”.

*Com informações da Agence France-Presse