Qual o impacto das estratégias de fornecimento ineficazes no índice de dívida tecnológica?

A crescente complexidade das decisões de negócios e tecnologia, sobretudo com o impulsionamento da Covid-19, tem dado origem a uma nova forma de dívida às organizações: a dívida tecnológica. Em um mundo onde as estratégias de fornecimento podem afetar diretamente o índice de dívida, a analista da Forrester, Akshara Naik Lopez, alerta para a importância de uma abordagem eficaz na gestão dessa dívida emergente.
A dívida de tecnologia vai além do software e codificação, abrangendo decisões de negócios e de TI que têm implicações operacionais de longo prazo. Assim como as dívidas financeiras, a dívida tecnológica precisa ser gerenciada e paga para evitar consequências prejudiciais. A pandemia de Covid-19 exacerbou esse cenário, levando muitos a modernizarem seus aplicativos, mas também a acumularem complexas dívidas tecnológicas.
Embora afirme que nem toda dívida tecnológica seja ruim, Akshara Naik Lopez, Analista Sênior da Forrester, empresa norte-americana de pesquisa de mercado, afirma que em algum momento, essa dívida precisa ser abordada, pois pode inibir ainda mais a inovação futura.
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“As verdadeiras medidas de inovação exigem absolutamente que você assuma riscos – e assumir riscos implica que você terá que fazer a criação inicial do software, decisões de implementação ou estratégias de implantação ou testar o mercado com seu MVP, com o entendimento de que você está construindo patrimônio de longo prazo com fortes retornos futuros ou possível alta avaliação futura”, escreveu a Analista no blog da empresa, sugerindo que investir em riscos ou esforços no início pode levar a ganhos substanciais mais tarde.
Para Lopez é crucial entender como as decisões atuais podem impactar as operações futuras das empresas. Ela afirma que a única saída da dívida técnica requer a adoção de um caminho viável, que envolve um gerenciamento eficaz da dívida e a compreensão da criação de software empresarial inteligente e tomada de decisões sobre aplicativos de TI no presente, com impactos diretos no futuro cenário empresarial e operações de negócios.
Em seu artigo, Lopez destaca a importância de olhar além das estratégias de software para soluções de longo prazo. Para evitar futuras dívidas tecnológicas, as empresas devem modernizar-se sem criar déficits futuros, ela alerta. Um aspecto fundamental é avaliar as parcerias e os veículos que as impulsionam, como RFPs e contratos. Muitos desses estão enraizados em formas antigas que não acompanham as mudanças rápidas no mercado de software corporativo.
“Isso representa um desafio, pois, infelizmente, a maioria está enraizada em formas tradicionais antigas que não amadureceram para acompanhar a dinâmica do mercado de software corporativo em rápida mudança. Eles também não abordam os impactos de longo prazo em seu sucesso de mercado como organização e em seus resultados de negócios”, escreveu.
Por fim, ela sugere que as organizações adotem abordagens alternativas para sourcing, RFPs e contratos como estratégia de gerenciamento de dívida tecnológica.
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