Reforma Tributária tem potencial para alavancar o setor de tecnologia

A reforma tributária é assunto quente nos debates econômicos do país. A atual complexidade e quantidade de impostos existentes no Brasil criam um ambiente desafiador para os negócios, muitas vezes inibindo o crescimento. Até por isso, a discussão no que diz respeito à modernização do sistema tributário brasileiro ganhou enorme força, com propostas que prometem simplificar impostos e melhorar o ambiente empresarial.
O setor de Tecnologia, um dos mais dinâmicos atualmente, acompanha de perto os trâmites da Reforma para entender como as mudanças irão impactar e trazer novas perspectivas ao mercado. Hoje, o país aparece entre as maiores 10 potências globais da área com R$ 200 bilhões investidos somente no ano passado. Estamos falando de 5% do PIB e 1,5 milhão dos empregos nacionais. E as perspectivas apontam que o segmento irá crescer a uma taxa anual de 10% nos próximos anos.
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Apesar do prognóstico positivo, a evolução acaba limitada justamente por conta das amarras do atual sistema tributário. Considerado ineficiente, a organização fiscal brasileira é tomada por um emaranhado de impostos, como PIS, Cofins, ICMS e ISS, que geram uma burocracia pesada e que consome enorme quantidade de tempo e recursos.
A modernização do sistema tributário é tida como uma necessidade urgente para fomentar o crescimento econômico e a competitividade do Brasil no cenário global. Quando tratamos de um segmento tão concorrido quanto a Tecnologia, a reforma deve representar uma gestão financeira e contábil menos onerosa para as empresas se concentrarem mais na inovação e menos na burocracia.
Reforma em prática
Uma das principais propostas da Reforma é a simplificação e unificação de tributos sobre consumo, o que formará um imposto único sobre bens e serviços (IBS). Tal ajuste tem como objetivo reduzir a complexidade do sistema, além de amplificar a transparência e melhorar o ambiente de negócios.
A simplificação ainda tem o potencial de reduzir drasticamente os custos operacionais das corporações. Com menos tempo e recursos dedicados ao cumprimento fiscal, as marcas podem investir mais em pesquisa e desenvolvimento, aumentando sua competitividade tanto no mercado interno quanto no exterior. Além disso, a criação de um conjunto fiscal mais transparente deve atrair novos investimentos, tanto daqui quanto de fora, o que abrirá novas oportunidades para a área.
Por outro lado, a reforma também traz desafios. A adaptação às novas regras deve gerar um processo complexo para muitas empresas. Será imprescindível um período de transição bem planejado e estruturado para minimizar possíveis impactos negativos a curto prazo. Mais do que isso, políticas complementares serão essenciais para apoiar o setor durante o processo de transição, principalmente para garantir que o crescimento não seja interrompido.
Fato é que com um sistema tributário mais eficiente e transparente, as companhias do setor de Tecnologia terão um ambiente mais favorável para inovar e crescer. Quem sabe até consolidando o país como um dos líderes na área. Potencial nós temos.
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