Representante chinês ficará dois dias na Ucrânia discutindo solução para a guerra

Li Hui, ex-embaixador da China na Rússia, visitará Kiev na terça-feira, 16, e quarta-feira, 17, informou uma fonte do governo ucraniano. O representante especial do governo de Pequim para questões da Europa e Ásia irá discutir “uma solução política para a crise na Ucrânia”, que se encaminha para o segundo ano. Li Hui também falará com Polônia, França, Alemanha e Rússia. Ele será o diplomata chinês de maior escalão a visitar a Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Pouco antes de deixar o posto de embaixador em Moscou, Li foi condecorado pelo presidente russo Vladimir Putin com a medalha da Ordem da Amizade. Um porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores afirmou na sexta-feira, 12, que a viagem de Li ilustra “o compromisso da China com a promoção da paz”. Rússia e Ucrânia estão em guerra desde fevereiro de 2022, e até o momento não há perspectiva de fim de conflito. Contudo, a China tenta mediar um possível cessar-fogo e já até chegou a apresentar um projeto, que foi bem recebido pro Moscou, mas desconsiderado pela Organização das Nações Unidas (Otan) e a os países Ocidentais, falando que o plano só beneficiaria a Rússia.

No campo de batalha, o conflito está em um impasse, e o epicentro está em Bakhmut. Nesta segunda-feira, 15, o exército ucraniano celebrou o “primeiro sucesso” de sua ofensiva nas proximidades da cidade, a batalha mais longa e violenta do conflito com a Rússia. “O avanço de nossas tropas na zona de Bakhmut é o primeiro sucesso da ofensiva para defender a cidade, que os russos tentam tomar desde meados do ano passado”, afirmou o comandante das tropas terrestres ucranianas, Oleksandr Sirski, citado pelo ministério da Defesa. Rússia e Ucrânia reivindicam avanços na região, epicentro dos combates há vários meses. As expectativas sobre a contraofensiva de primavera (hemisfério norte, outono no Brasil) da Ucrânia aumentam, mas o presidente Volodymyr Zelensky afirmou na quinta-feira que o exército do país precisava de mais tempo para iniciar o projeto.

*Com informações da AFP