Representante jurídica da Tim revela por que saiu do interior do RS para viver sonho na faculdade: ‘Não queria ser dona de casa’

Nesta semana, o programa Mulheres Positivas convidou a vice-presidente Jurídica da Tim, Fabiane Reschke. Em entrevista à apresentadora Fabi Saad, ela contou sobre suas experiências de vida anteriores à faculdade, em Veranópolis, no Rio Grande do Sul. “Eu nasci no interior do Rio Grande do Sul, estudei e cresci. Gosto muito da cidade, é encantadora, mas desde a infância e da adolescência eu já sabia que eu precisava trilhar outros caminhos e rumos. Desde muito cedo decidi que eu ia estudar fora, a opção mais próxima era Porto Alegre”, contou. “Na minha cidade, na minha época, eu tinha praticamente duas opções. Tínhamos cursos técnicos, agrícola e comercial, ou magistério para as mulheres, para ser professora. Minha, talvez, única opção foi fazer o magistério. Eu fazia aula particular de matemática, física e química. Mesmo assim, decidi sair, meu destino seria fazer uma faculdade em Porto Alegre”, acrescentou.

Fabiane revelou que se encontrou na faculdade de direito e nunca pensou em mudar de carreira. Ela foi a primeira da família a se interessar pela profissão, mas se via distante de opções como concursos públicos e escritórios de advocacia. “Eu não sabia materializar, mas sabia que, para conseguir realizar alguma coisa, eu precisava estar em outro lugar. Meu problema não era com Veranópolis, era meu futuro. Não queria ser dona de casa nem professora, apesar de gostar. Eu estava superdividida. Fiz o teste vocacional e deu direito. Nunca na minha vida tinha pensado em direito, não existe advogado na minha família, fui a primeira”, detalhou. “Comecei a me interessar e ler. Desde o primeiro semestre me encontrei, não tinha uma referência, nada estigmatizado, era diferente e tudo novo. Minha referência foi a faculdade, tinha colegas filhos de juízes e promotores. Para mim, foi tudo novidade, e me apaixonei desde o primeiro semestre, nunca quis fazer outra coisa. Nunca quis fazer concurso público, não me enxergava trabalhando em escritório. Comecei a entender que tinha o corporativo e comecei a me identificar”, explicou.

Reschke ressaltou a importância de dar ouvidos às trocas em relações profissionais. Para ela, independente da experiência, há sempre uma lição para se aprender. “A relação humana é de troca, você sempre tem que entender que em qualquer relação você está entregando alguma coisa e recebendo alguma coisa. É sempre aprendizado, alguma coisa você aprende, nem que seja negativo”, disse. “Isso eu acho que é importante, ter foco, acreditar em você, sempre estar entendendo que qualquer relação é uma relação de troca. Com isso, acho que eu tive excelentes colegas, que participaram dessa troca, foram dando esse espaço para subir esses degraus”, concluiu.

Confira na íntegra a entrevista com Fabiane Reschke: