Rio de Janeiro calcula ganhos de até R$ 4 bilhões com a volta do Carnaval

O Carnaval do Rio de Janeiro começa oficialmente nesta sexta-feira, 17, quando o prefeito da cidade entrega as chaves do município ao Rei Momo de 2023. É uma cerimônia simbólica e que foi retomada com a gestão de Eduardo Paes (PSD), já que o ex-prefeito Marcelo Crivella havia abandonado a tradição. Nesta quinta-feira, 16, blocos de rua já ocorreram em Laranjeiras, na Zona Sul da capital, e no Centro da cidade do Rio. Até a quarta-feira de cinzas, 22, mais de 240 blocos sairão em cortejo por ruas e avenidas da cidade. Só o Carnaval de rua deve movimentar mais de R$ 1 bilhão. O Carnaval como um todo, de acordo com a Prefeitura, renderá mais de R$ 4 bilhões, o que representa um crescimento de 12,5% em relação ao Carnaval de 2020, último antes da pandemia da Covid-19. A cidade está lotada, com grande ocupação de hotéis e esquemas especiais nas rodoviárias, estradas e principais aeroportos da capital fluminense.

O turismo marítimo também deve agitar a cidade neste período. Passarão pela região do Pier Mauá, que é o Porto do Rio de Janeiro, 27 mil turistas que desembarcam em pelo menos sete transatlânticos. Em entrevista à Jovem Pan News, o coordenador de operações do Pier Mauá, Marcelo Chagas, deu mais detalhes: “Vamos ter três navios já atracados no sábado, movimentando cerca de 14 mil a 15 mil pessoas só no sábado. A previsão até o final do Carnaval são cerca de 30 mil pessoas circulando pelo Pier Mauá para curtir o Carnaval do Rio de Janeiro, indo para os desfiles e voltando para o terminal. Muitos desses navios dormem aqui, eles pernoitam no Rio de Janeiro aqui no Pier Mauá. Contamos com o apoio da Guarda Municipal, do BPTur e do 5º Batalhão da Polícia Militar no entorno do Pier Mauá para garantir a segurança e a tranquilidade desses hóspedes, que vão para os desfiles e blocos mais voltam para dormir no Pier Maua”.

Esquemas especiais de trânsito e segurança também foram montados para a folia. Neste ano, menores de idade não poderão mais ficar na dispersão da Marquês de Sapucaí. Medida foi tomada porque no ano passado uma criança de 11 anos foi esmagada por um carro alegórico e morreu. Crianças e adolescentes também não poderão desfilar em escolas de samba do Grupo de Acesso, que neste ano vai se apresentar em uma avenida de Campinho, bairro da periferia da capital. A decisão é da Justiça fluminense, que teme pela segurança e integridade do público.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga