Roberto Justus reclama de ‘proteção’ às minorias: ‘A maioria foi abandonada’

O apresentador Roberto Justus foi o convidado do programa Pânico desta segunda-feira, 27. Na entrevista, ele afirmou que tudo pode ser dito, desde que a comunicação seja feita com cuidado. “Tudo pode ser dito, só que hoje em dia tem um cuidado com a forma que você vive. É correto você colocar a sua visão e opinião, falar o que você pensa, com bastante cuidado. Hoje em dia, por interpretação, ficou muito chato”, disse. “É muito complexo o mundo que a gente vive, muito chato. É tudo proteção às minorias, as maiorias abandonadas. De saco cheio dessa polarização. Não aguento mais esses políticos. O cerceamento de liberdade em certos aspectos, ninguém pensa no bem comum, que é o país”, desabafou. Justus ainda fez uma menção às brigas familiares por questões políticas e afirmou ser contra o extremismo.

O empresário ainda deu detalhes sobre quando foi convidado para concorrer à presidência da República. Segundo ele, sua trajetória como empresário e apresentador foi notada pelo MDB após a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, e João Doria, na capital paulista. “Se eu tivesse tido toda a sensibilidade… É que eu não gosto de política, meu estilo não combina com a política. Você tem que ser maluco para orbitar naquele ambiente, que é um ambiente difícil. A franqueza e a transparência não combinam. Não estou dizendo que todos políticos são desonestos, mas o ambiente em geral é complexo”, afirmou. Ele ainda sugeriu o nome de outros empresários, como Abílio Diniz, para governar o Brasil. “Chamo outros empresários. Para administrar o país, botar ele no primeiro mundo, concorrendo de igual para igual. Dá para fazer? Dá. O Bolsonaro conseguiu colocar pela primeira vez ministérios mais técnicos, né? Mais competente”, disse.

“Eu sempre falo: quem entregou o Brasil para a direita foi o Lula; quem devolveu para o Lula e o PT foi o Bolsonaro com as bobagens que ele disse”, opinou Justus. Segundo o apresentador, Bolsonaro teria vencido a eleição se tivesse um comportamento de estadista. “Não precisava ter feito isso. Estava ganho se não tivesse feito, administrado melhor. Tive chance de falar isso para ele. Tem que ser presidente de todos os brasileiros, tem que ser um estadista. Chega de bater, pare de bater nas pessoas”, concluiu.